Antes do show dos quarenta anos do Camaleão, o iBahia conversou com Joaquim Nery, o "Quinho", diretor da Central do Carnaval. Mesmo com um pouco de pressa, ele se manifestou sobre diversas questões, inclusive sobre o carnaval sem cordas. Confira logo abaixo a entrevista:
iBahia: Joaquim, qual a importância do Camaleão para o Carnaval de Salvador?
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Joaquim: A primeira música feita para o camaleão dizia "Carnaval sul-americano, nesse ano baiano a sua cor vai mudar", parece meio profético, pois a história do camaleão está diretamente ligada às adaptações, à profissionalização do carnaval como vemos hoje, toda a evolução das bandas, sempre tivemos um protagonismo nisso, junto com outros parceiros, produtores. A cidade reconhece isso. A prova é a multidão de fãs que segue o bloco.
iB: Há uma crise clara no carnaval da capital. Como você enxerga esse problema e, de algum modo, o desfile sem cordas afeta diretamente o problema?
J: Na realidade, o trio elétrico sem cordas sempre existiu, lá atrás, com Dodô e Osmar. Existe uma reverberação ano a ano, o carnaval também passa por crises, assim como o país. Mas assim como alguns blocos desapareceram, outros ressurgiram. Um exemplo é o Nana, que não saiu no ano passado, mas retorna neste ano. Se fizermos um bom carnaval, com certeza conseguiremos resgatar muitos blocos que existiram no passado.
iB: Muito se questiona sobre o que é que a baiana tem, mas ao ver Bell Marques, um monstro do axé, arrastar multidões independente de onde esteja, o que é que Bell Marques tem?
J: Bell tem perseverança, uma energia ímpar, uma capacidade de se superar como nenhum outro no mundo musical. Poucos artistas no mundo têm o poder que ele tem de segurar 30 mil, 40 mil, 50 mil pessoas só observando o que ele tem pra cantar.
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Redação iBahia
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