Realizada desde 2011, a Festa Literária de Cachoeira, a Flica, faz parte do calendário de eventos baianos. Por lá, já passaram inúmeros autores consagrados, autores mirins – alguns, que agora, nem são mais tão mirins assim – e atrações musicais. Agora, sem poder acontecer presencialmente por conta da pandemia do novo coronavírus, as novas histórias serão construídas no mundo virtual, através da Flica na Rede, um projeto especial que busca relembrar as outras edições da feira literária.
“Não é uma edição virtual da Flica, já que ela tem uma dimensão enorme e seria a 10ª edição, então teria que ser maior ainda. Diante dessa impossibilidade, de fazê-la virtualmente, a gente resolveu fazer um produto da Flica. Já que temos tanta histórica, sendo uma das feiras mais importantes do Brasil, resolvemos rememorar esses nove anos”, explica Emmanuel Mirdard, coordenador geral da Flica, diretor, curador e roteirista da série Flica na Rede.
O projeto, realizado pela Agência Cali e pela iContent, da Rede Bahia, trouxe alguns desafios para os idealizadores e curadores, que precisaram sair do presencial para o virtual.
“O desafio começa em buscar nessa curadoria esses autores, a disponibilidade deles, além do uso da tecnologia que também vira uma questão”, explica Jomar Lima, sócio da Cali e um dos curadores do Flica na Rede.
“A ousadia também de fazer um evento desse tamanho. Foram em torno de 100 autores entrevistados, e também quantidade de dias propostos para fazer essas gravações”, completa.
“Precisou de uma grande logística, de colocar toda essa quantidade de autores, em um curto espaço de tempo, para relembrarem e comentarem como foi a experiência em Cacheira”, concorda Mirdard.
O resultado da ousadia são 4 dias de programação online, sendo dois da Flica e dois da Fliquinha. Neste final de semana, nos dias 6 e 7, serão exibidos 16 programas no canal do YouTube da Flica. A Fliquinha ganha espaço nos dias 13 e 14 de março.
Memórias
O Flica na Rede é uma homenagem às outras nove edições da feira literária. Mirdard explica que o objetivo foi resgatar as memórias do que foi vivido ao longo desses anos em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. O projeto garimpou, com a curadoria dos próprios idealizadores, autores que já passaram pelo evento para apresentar suas memórias.
“A gente perguntava qual foi o momento mais emocionante para ele. Tivemos momentos emocionantes, como eles falando com o público. Um deles, por exemplo, foi quando uma professora do ensino público de Cachoeira disse que uma autora mirim a inspirava”, citou Jomar.
Cachoeira
Se a Flica não pode ir até Cachoeira, Cachoeira vai até a Flica. Sem poder estar presencialmente na cidade, essa edição especial da Flica trouxe a cidade para perto, ao incluir na grade atrações musicais e culturais da cidade.
Nos programas da Flica na Rede, atrações como Gêge Nagô, Charanga Festa D’Ajuda, Orquestra Reggae de Cachoeira e Samba de Roda Filhos do Caquende revivem as suas memórias com muita música e dança, num formato pocket-show gravado no Cine-Theatro Cachoeirano.
Todas as pessoas que participaram das conversas com os autores são de Cachoeira e, além disso, quase todas as pessoas envolvidas no projeto são da cidade ou de cidades próximas.
Confira a programação completa aqui.
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Redação iBahia
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