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“A forma mais eficiente, rápida e econômica de combater o efeito estufa no mundo é plantar árvores”, defendeu Antonio Sérgio Alípio, diretor-presidente da Veracel e presidente da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), durante a terceira etapa do Agenda Bahia, evento promovido pelo jornal CORREIO e pela rádio CBN, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba). O evento aconteceu nesta quarta-feira (14), na sede da Fieb, no Stiep.Em sua palestra “Bahia: mudanças climáticas na pauta internacional das florestas”, Alípio que o país possui 6,3 milhões de hectares de florestas plantadas que absorvem um bilhão de toneladas de gás carbônico e o desafio das empresas hoje é produzir de forma sustentável. “Para você ter uma ideia, 100% do papel e da celulose produzidos no país vêm de florestas plantadas. Como o CO² é sequestrado pelas árvores, desde o seu plantio, e continua estocado no papel que é reciclado, está aí a comprovação de que o ciclo não só é sustentável como um exemplo de economia verde”, declarou.Segundo o diretor-presidente da Veracel, o desafio das empresas é produzir em conformidade com a natureza e, para isso, é necessário repensar a engenharia de processos. “Um exemplo disso é a reutilização da água usada no processo de produção de papel e celulose, além da reciclegam de materiais. “Esta é uma melhoria em que temos gestão. Há 25 anos se consumia 150 mil litros de água na produção de uma tonelada de celulose e papel. Hoje, o consumo fica entre 25 e 30 mil litros, e devemos investir em pesquisas para reduzir ainda mais este consumo”, destacou Alípio, relembrando que a sociedade como um todo também pode contribuir para a preservação ambiental, com a reciclagem de lixo doméstico e a mudança de hábito ao utilizar a água em casa. A Veracel – fruto de parceira entre duas líderes internacionais no setor de celulose e papel, a brasileira Fibria e a sueco-finlandesa Stora Enso – está em operação desde 2005 no Extremo Sul da Bahia, e concentra sua produção de fibra de celulose nos municípios de Eunápolis, Canavieiras, Belmonte, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Mascote, Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália.
Debate Após as palestras do diretor da Paradigma Soluções em Gestão Ambiental e coordenador da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa de 2014 no Ministério dos Esportes, Claudio Langone, e do vice-presidente da Câmara de Comércio Internacional/CCI (Comitê Brasileiro) e membro do conselho do ALCOA Mineração, Marcelo Vianna, sobre economia verde e desenvolvimento sustentável empresarial, respectivamente, aconteceu o debate “Bahia + 20 por uma agenda sustentável”, mediado pelo secretário de redação do CORREIO, Sérgio Costa. Durante o debate, o gerente de Relações Corporativas da Fibria, Leonardo Genofre, defendeu que o governo consiga mostrar que possui diretrizes eficases para o desenvolvimento sustentável na Bahia no evento Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) – que acontece em junho do próximo ano na cidade do Rio de Janeiro. “Além de metas e compromissos, a expectatica é que a Bahia consiga mostrar na Rio + 20 que, como na indústria, no agronegócio, é possível ter sucesso em outras áreas, como no desenvolvimento sustentável”, ressaltou.
Próximo seminário O quarto e último seminário do Agenda Bahia acontece no próximo dia 27, no auditório da Fieb, e terá como tema o Turismo, com foco na Copa do Mundo 2014. Fruto de uma parceria entre o grupo da Rede Bahia e a Fieb, o encontro – que está em sua segunda edição – tem como objetivo reunir visões de diversos segmentos (públicos, privados, acadêmico e terceiro setor) para pensar a Bahia para o futuro e manter o ritmo de crescimento da economia baiana e a sua posição na economia nacional.