Palestrantes, debatetores e demais participantes discutiram os caminhos para o Desenvolvimento da Bahia e do Brasil |
Na fala do prefeito ACM Neto, foi ressaltado os esforços da prefeitura no sentido de reconquistar a credibilidade da capital baiana. "Salvador perdeu muito a confiança dos investidores, por isso o nosso trabalho vem realizando ações bem sucedidas no sentido de voltar a ter uma cidade forte e atrair investimentos". Ao mesmo tempo em que torce pelo desenvolvimento da capital, Neto defendeu um crescimento descentralizado. "Fico feliz, por exemplo, com o desenvolvimento da Região Metropolitana. Claro que queremos Salvador forte, mas isso não significa que não desejemos que as outras regiões cresçam também", pontuou. Ainda de acordo com o prefeito, o crescimento de outras regiões contribuirão para a redução do êxodo. "Ainda existe no imaginário geral que em Salvador tem as melhores escolas, melhores condições de empregabilidade e isso se dá muito em função da falta de interiorização do crescimento", pontua.
Para o governador Jaques Wagner, mesmo a Bahia tendo dimensões continentais, o governo tem sido bem sucedido em suas ações no sentido de privilegiar todas a regiões. "Temos realizado um trabalho de descentralização em todos os setores. A exemplo da educação, visto que conseguimos instalar universidades em diversas pontos do Estado, como no Recôncavo, Oeste e Sul da Bahia. Espero que até o fim do meu mandato possamos implantar uma universidade na região da Chapada Diamantina". Segundo o governador, vários investimentos estão chegando, como a indústria de plastico ABS e o projeto do Super Computador, a ser realizado no Parque Tecnológico e sem contar com o mundial de futebol. "A Copa é um investimento que trouxemos para o estado. Salvador é uma das cidades-sede e conquistamos o privilégio de abrigar o evento de sorteio dos jogos, que será realizado em Costa do Sauípe. Seremos o centro do mundo", disse.
Debate
Seguindo as tendências do dia, um dos principais temas do debate foi a necessidade de interiorização e que teve como um dos defensores o presidente da FIEB, José Mascarenhas. "Com a interiorização todos os setores ganham, uma vez que quesitos como melhoria da educação e infraestrutura por exemplo, ganham um lugar mais prioritário", pontuou. Na contramão disso, Mascarenhas ressaltou a necessidade de investimentos para receber empresários que desejam investir por aqui. "A industria só vai se instalar se o ambiente tiver condições de recebê-la. Eles vão estudar os melhores lugares para fincar suas raízes", e completa, "tudo depende da vontade. Quando se tem vontade, tudo é possível, se arruma as coisas. Não dá para focar somente nas dificuldades. Tem que fazer acontecer", conclui.
Caminhos para o desenvolvimento
"Precisa ser investido na educação das mulheres". A afirmação que tinha tudo para se polêmica praticamente abriu a palestra de Claudio Frischtak, causando um estado de consenso generalizado. De acordo com o consultor, a educação deve começar na base e está focada no envolvimento familiar e quem acompanha diretamente o desenvolvimento das crianças. "A prioridade precisa ser a educação das meninas, as mães e futuras mães para que a formação comece logo nos primeiros anos, aos dois anos, especificamente", disse. Outro ponderamento do Frischtak diz respeito a outras linhas de atuação que deverão ser pensadas para o total desenvolvimento do país. "`Precisamos realmente rever as cargas tributárias, agendar de forma consciente questões ligadas à infraestrutura, que não será resolvida a curto prazo, investir em treinabilidade e capacitação e criar políticas de inovação sem fronteiras, no campo da ciência e tecnologia", resume.
O palestrante seguinte o secretario de Planejamento do Estado, Sergio Gabrielli, ressaltou os investimentos do Estado no que diz respeito aos recursos injetados com o bolsa-escola e previdência social, que chegam a R$ 4 bilhões. O que, de acordo com ele, tem ajudado a movimentar a economia. "Além disso, o Governo tem feito investimentos macros, na indústria de celulose, mineração e energia eólica e todas essas iniciativas são descentralizadas", ressalta.
O segundo encontro da Agenda Bahia está marcado para o dia 26 de novembro e deve ocorrer, também, no Auditório da FIEB. O centro das discussões será o Desenvolvimento Sustentável.
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