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Consultor aponta os caminhos para o desenvolvimento no país

Para o especialista, a falta de competitividade é o maior problema da economia brasileira

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04/11/2013 às 15:09 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:11 - há XX semanas
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Consultor aponta os caminhos para o desenvolvimento
Há uma vontade de boca para fora. Seria fundamental a proibição de doação de empresas para campanhas eleitorais e uma limitação do valor de doação de pessoas físicas. Já a reforma do estado teria de ser baseada na meritocracia. Instituições do estado não devem ser politizadas.
Qual a alternativa para o Nordeste brasileiro numa conjuntura que aponta para o fim da guerra fiscal, ferramenta usada para atrair empresas que naturalmente se instalariam no Sul/Sudeste pelo maior mercado consumidor, maior qualificação do trabalhador e maior qualidade da infraestrutura?
O desenvolvimento regional deve ser focado menos nestes tipo de recursos (guerra fiscal) que nos fundamentos do desenvolvimento, que são investimentos em educação, infraestrutura e governos de qualidade. Um governo de qualidade faz diferença por manter a palavra, por garantir investimentos em serviços de qualidade e ter boa interlocução com o investidor.
O problema deste cenário não está no fato de se acabar com a guerra fiscal sem se falar em política nacional de desenvolvimento regional?
Política Nacional de Desenvolvimento Regional é justamente investimentos nestes três pontos que falei: educação, infraestrutura e qualidade do governo. A ênfase de qualquer política de desenvolvimento do Nordeste deve ser em investimentos em educação de qualidade. Principalmente educação básica, com mais prioridade ainda na educação de jovens mulheres. A mulher tem papel fundamental para o rompimento do ciclo da pobreza. Em termos de infraestrutura, o grande déficit ainda é o de logística. O foco para aumentar a qualidade do governo tem de ser na melhoria da eficiência dos processos e na eficácia, que é melhoria da qualidade, dos serviços públicos.
Esta mesma receita se aplicaria dentro da Bahia, para diminuir a desigualdade entre as diferentes regiões do estado?
A desconcentração do desenvolvimento passa pela melhoria da infraestrutura de logística. Também tem de melhorar a qualidade da educação. A concentração na região metropolitana se dá pelos déficits de educação e de infraestrutura no interior do estado. Uma população educada transforma seu território.
Que exemplos o senhor daria de locais que seguiram esta receita e conseguiram transformar suas realidades?
O maior exemplo é o da Coreia do Sul, que era pobre, não tinha nada. Rica era a Coreia do Norte, que tinha carvão. A Coreia do Sul fez uma revolução com investimentos em educação. Singapura se redefiniu ao se tornar centro logístico do sudeste da Ásia. No Brasil, um estado muito interessante é o de Santa Catarina, que por motivos históricos conseguiu ter grande equilíbrio regional. O estado tem sete regiões e cada uma responde por um sétimo do PIB estadual. Isso mostra que o nível de educação é elevado e que se conseguiu uma diversidade econômica muito grande.

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