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O 12º disco de estúdio do Capital Inicial, este Das Kapital, é o segundo renascimento do grupo em 28 anos de carreira. E, quais rebeldes incorrigíveis, a cada renascimento ousam mais. Na volta aos estúdios, decidiram que em time que está ganhando se mexe, sim. Trocaram cenógrafo, conceito de palco (saiu o retrô e entrou o high-tech), diretor de videoclipes, parceiros e, principalmente, o produtor. Marcelo Sussekind, que trabalhava com eles desde que se conheciam por banda, dá lugar a David Corcos, que já produziu de Marcelo D2 a Seu Jorge. O resultado foi uma abertura inédita de espectro dentro do estilo próprio que o Capital Inicial criou na discografia do grupo. Tem remissão a punk 77 e rock anos 00 norte-americano (“Ressurreição”), power pop com ênfase no pop (“Depois da Meia-Noite”), rock dançante inglês contemporâneo (“Como se Sente”), baladas de piano (“Eu Quero Ser Como Você”), power pop com ênfase no power e acordes abertos e maiores (“A Menina que Não Tem Nada”) e até climão de rock de arena (“Vivendo e Aprendendo”). Na volta da formação original, cinco anos depois, em vez de ancorarem em greatest hits, foram pra Nashville, nos EUA, e gravaram um disco de inéditas, Atrás dos Olhos. Retomaram a carreira praticamente da casa 1 do tabuleiro – aí o primeiro renascimento e a ousadia.