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A voz de Jau tem cor. É preta e vem do Olodum, da Bahia, da África, do Mundo. A voz de Jau tem sabor, é doce como a cana-de-açúcar, flambada na cachaça pura dos engenhos do nordeste. A voz de Jau tem luz, uma luz profana e sagrada, abençoada por Deus e respeitada por todos que fazem da música, sua profissão. Uma voz que chega, para no ar, invade as ruas, ecoa nas ladeiras e conquista Roma. A voz de Jau tem poder. Em 1988, Jauperi passou a integrar oficialmente o Olodum, como autor e intérprete, e fez sua primeira viagem para a Europa, onde participou dos mais importantes festivais de música como Montreux, Womad, Metisse Musique, e tocou com astros da música nacional e internacional como Paul Simon, Tracy Chapman, Joan Baez, Djavan, Marisa Monte e Paralamas do Sucesso. A precocidade do menino do Rio Vermelho também se mostrou em seu primeiro trabalho profissional aos 19 anos, ao vencer, em 1989, o Festival de Música e Arte do Olodum (Femadum) com a música Olodum, sonho e profecia e carimbar seu passaporte para o mundo musical. Um dos mais prestigiados compositores baianos da atualidade com canções gravadas pelos grandes nomes da música baiana, Jau se supera a cada projeto. Prova disto foi o sucesso meteórico da banda Afrodisíaco – que depois mudou de nome passando a se chamar Vixe Mainha –, projeto criado junto com o parceiro desde os tempos do Olodum, Pierre Onassis, em 2005. Durante o Verão 2008, participou dos ensaios de diversos artistas baianos e no Carnaval se apresentou na festa de Iemanjá, no Trio Expresso 2222 com os amigos Pepeu Gomes e Preta Gil e em shows no Pelourinho e no Tropical Hotel da Bahia. No final de 2008 e começo de 2009, realizou uma temporada de sucesso absoluto no Cais Dourado com o show Bateu Saudade, um resgate de toda sua carreira, que contou com grandes participações e shows como: Caetano Veloso, Jorge Aragão, Maria Rita, Margareth Menezes, entre outros. Em 2009, Jau voltou a fazer parceria com o Grupo Notável e, no mês de julho deu início aos seus ensaios na Praça Tereza Batista, Pelourinho, que só se encerrou na véspera do Carnaval de 2010. Foram 20 ensaios com ingressos esgotados, milhares de pessoas, entre baianos e turistas de todo o mundo, lotaram as quintas-feiras do Pelô. A voz de Jau tem pele, tem sangue e pulsa. Ela sangra a canção e a dor vira beleza. Uma voz que tem textura, que é líquida e chove sobre nossos rostos num dia de verão.