Fundamentado nas matrizes que construíram a nossa história, expressadas através das danças e musicalidade dos blocos afro e dos afoxés, na alegria e no gingado do samba, na força e balanço do reggae, que integram o Carnaval Ouro Negro em 2020. Por meio destes projetos de grande participação comunitária e popular, o Carnaval da Cultura, que integra o Carnaval da Bahia, do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, dá continuidade às políticas de preservação e democratização na maior folia do mundo, que segue colorida, diversa e com o espírito folião que contagia todo baiano.
O Governo do Estado segue fortalecendo o carnaval dos blocos de matrizes africanas através do edital Carnaval Ouro Negro, que comemora 13 anos estimulando a participação de agremiações oriundas das diversas comunidades de Salvador, que tem na folia o ápice para as diversas atividades sociais que são desenvolvidas ao longo do ano. Indumentárias, toques percussivos, danças, performances e cantos fazem parte dos espetáculos, que trazem em si a força da ancestralidade e da tradição. 49 blocos, das categorias afro, afoxé, samba e reggae desfilam este ano com o apoio.
O bloco afro Olodum destaca-se no ano de 2020 com um tema que exalta a força feminina, homenageando as grandes mulheres que fizeram parte da sua história de mais de 40 anos, “Mãe, Mulher, Maria, Olodum – Uma História das Mulheres”. Um momento imperdível de todo ano é a tradicional saída do bloco de sua comunidade, no Pelourinho, na sexta-feira de carnaval, movimentando o circuito Batatinha antes de seguir para a avenida. Blocos afro comandados e formados por mulheres também reafirmam a sua força nos dias de desfile. Homenageando a Mãe Stella de Oxóssi, A Mulherada desfila no circuito Osmar no primeiro dia de carnaval, quinta-feira, às 17h. O bloco afro Didá, que tem um trabalho social e cultural voltado para crianças e mulheres no Centro Histórico de Salvador, acredita no tambor como base educacional, e leva seu samba reggae, que consideram uma ferramenta de transformação social, para o Carnaval Ouro Negro. O tema do desfile será “Didá Iabá Mãe Natureza Guerreira, Natureza Mãe Mulher”.
Da categoria samba, um dos destaques mais celebrados será o bloco Alvorada, com o desfile que comemora os seus 45 Anos. Bloco pioneiro de samba da folia e da sexta-feira de carnaval na capital baiana, que não existia até 1975, a agremiação levará para a avenida este ano o tema “45 anos depois”, contando sua própria história. Na quinta-feira, dia mais movimentado para os blocos de samba do Ouro Negro na avenida, o Alerta Geral abre os festejos esbanjando elegância com o chapéu Panamá. Proibido Proibir, Pagode Total, Fogueirão, Na Moral, Samba e Folia, e o Rodopiô, que integra pela primeira vez o programa, são alguns dos demais blocos contemplados.
As agremiações Reggae O Bloco e o Ska Reggae levam para a avenida um pedido de paz, em sintonia com os valores divulgados pelo ritmo jamaicano, e mantendo a tradição dos blocos de reggae, que marcam a história da folia carnavalesca.
O Afoxé Filhos de Gandhy, fundado em 1949, sendo a agremiação mais antiga contemplada pelo edital, traz para o carnaval 2020 o tema Omolú – Obaluayê, Deuses da Terra, da Doença e da Cura. O tapete branco da paz se estende na avenida, mas antes disto, no domingo, é tradição o Padê de Exú, que no Largo do Pelourinho abre os caminhos para o desfile do bloco. Entre outros afoxés contemplados este ano, os Filhos do Congo homenageiam ao Herói Negro Juliano Moreira, Pai da Psiquiatria, levando uma importante reflexão e referências históricas para o desfile.
Dentre outras agremiações contempladas pelo Carnaval Ouro Negro em 2020 estão Cortejo Afro, Muzenza, Laroyê Arriba, Quero Ver o Momo, Blocão da Liberdade, Tambores e Cores, Bloco da Saudade, Gera Dois, Mutantes e o bloco infantil Ibeji.
Leia também:
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!