Candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que foram fazer prova em uma faculdade particular no Centro de Manaus encontraram entre os vendedores ambulantes a “Irmã Marina” que comercializava a chamada “caneta ungida” para os estudantes.
Sem falar com a reportagem, a dona Marina explicava aos calouros do Enem que as canetas foram imersas em um óleo de uma igreja evangélica, e em seguida o produto “recebeu uma oração”. Por essa razão, a caneta levaria “sorte” a quem fosse fazer prova com ela.
Por um valor de R$ 1, preço que geralmente é comercializado na capital amazonense, a caneta — de uma marca popular — foi adquirida por dezenas de candidatos na manhã desse domingo, 3. Das 300 canetas, a Irmã Marina, que aparentava ter 50 anos, mas não permitiu ser fotografada, tinha apenas 11 ao final do exame.
Sem religião, as estudantes Marcela Lima, 21, e Ana Silva, 23, falaram que compraram a caneta para “atrair sorte” e porque estavam muito ansiosas.
— Com todo o nervosismo que cerca o Enem, esse tipo de situação ajuda a aumentar a confiança e acabei comprando a caneta ungida — disse Marcela. — A minha primeira reação foi rir da placa sobre a venda da caneta ungida, mas depois pensei que podia ajudar na energia — contou Ana.
O estudante Antônio Neto, 17 anos, disse que preferiu não adquirir a caneta. Ele afirmou que na prova, o que vale é o conhecimento e não a “sorte” prometida por um amuleto.
— Eu sou muito racional sobre essas questões e preferi não comprar — contou o candidato que busca pontuação no Enem para o curso de Direito.
No Amazonas, 118.148 pessoas se inscreveram para o Exame Nacional do Ensino Médio. O número menor que o registrado em 2018, quando 123.800 candidatos participaram do exame, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
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Redação iBahia
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