Nanotecnologia é a manipulação da matéria em escala atômica e molecular. As estruturas usadas pela nanotecnologia, medem entre 1 e 100 nanômetros (nm). Cada nanômetro tem um bilionésimo de um metro. Apenas para se ter uma ideia de quão pequeno é uma estrutura que mede um nanômetro, não é possível enxergá-la nem mesmo com um microscópio. Para trabalhar com essas escalas mínimas, os nanocientistas usam aparelhos especiais chamados de microscópio de varredura de tunelamento ou microscópios de força atômica. Ambos os equipamentos enviam os dados da nano-estrutura para um computador, que pode montar a informação e projetá-la no monitor. Ainda não se sabe todas as possibilidades que se abrem com o uso da nova tecnologia. Mas, o conhecimento aplicado nessa área pode ser responsável por profundas mudanças econômicas, sociais, ambientais e militares. Os resultados já são vistos na produção de semicondutores, nanocompósitos, biomateriais e chips.
Brasil O Brasil anunciou recentemente que vai construir um centro de pesquisas em nanotecnologia na cidade de Campinas (SP), em parceria com a Academia Chinesa de Ciências. Além deste centro, o país já desenvolve diversos produtos com base nos conhecimentos nanotecnológicos. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em 2010, o mercado brasileiro de estruturas com base em nanotecnologia produzidas originalmente no país somou cerca de R$ 115 milhões. Para o presidente do Conselho Empresarial de Tecnologia da Firjan, Fernando Sandroni, o mercado ainda é pequeno e tem muita chance de crescer. “O próprio governo elegeu a nanotecnologia como um campo de atuação tecnológica prioritário para ser atendido pelos programas federais”, afirmou. Em todo o mundo, os negócios gerados pela nanotecnologia no ano passado foram da ordem de US$ 383 bilhões. Segundo Sandroni, as principais áreas de aplicação da nanotecnologia no Brasil são a indústria farmacêutica e de cosméticos.