Não faltam estudos e pesquisas confirmando que para emagrecer de forma certa o processo é em longo prazo. É preciso conhecer, acreditar e adotar novos hábitos. Por isso, dizem que emagrecer é diferente de perder peso. E fazer atividade física é fundamental para o emagrecimento, e vários são os exercícios indicados para isso. Porém, o mais importante é aprender a lidar com o estresse que isso vai gerar, uma vez que não basta apenas induzir uma atividade física, mas saber o quanto ela pode ser suportada para evitar que seja abandonada.
Mas de acordo com os educadores físicos, o estresse gerado na medida certa através da atividade física, é uma ferramenta poderosa na mudança dos hábitos e, por consequência, no processo de emagrecimento, conforme explica João Carlos Gonzalez (Joca), educador físico especialista em biomecânica e com experiência em preparação de atletas. “Normalmente as pessoas que estão acima do peso também estão sedentárias, e isso está associado a determinados comportamentos que levam ao estresse. Por isso, a atividade física não deve entrar como mais um elemento estressor, mas sim como um modulador do estresse, e funcionar como uma vacina”.
Ele alerta que o importante é estabelecer uma rotina de treinos que traga sensação de prazer e divertimento, para, assim, ficar mais fácil de atingir os objetivos e mantê-los, já que o sobrepeso, ou a obesidade, tira algumas habilidades e deixa a rotina da pessoa mais vulnerável. “Vai ser preciso conhecer seu corpo, para poder se explorado de forma adequada e suficiente”, explica ele.
Treino e estratégia
O educador físico aponta a musculação como uma das atividades mais indicadas para perder peso em curto prazo, por trazer respostas mais rápidas, porém ele explica que o importante é estabelecer uma estratégia de treinos que será diferente para cada pessoa, assim como os resultados, que podem acontecer em dois ou seis meses, ou até mesmo em um ano.
Segundo ele, o importante é poder modular o treino, um pouco a cada dia, e ir ondulando a intensidade e o volume, de forma progressiva e também regressiva. Dessa forma, não apenas o treino para o obeso, mas para qualquer indivíduo, vai gerar um “pool” positivo de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e noradrenalina, que vai ajudar nos hábitos diários.
Com isso, o treinamento adequado vai trazer habilidade física e mais conexão com o próprio corpo. “A obesidade tem uma série de comportamentos associados, e a mudança na rotina, junto com uma atividade que traz mais conhecimento e resultado, é a melhor forma de se conseguir mais confiança para ter melhores condições de decisão”, explica Joca.
Lembrando que qualquer atividade física tem que ser orientada e acompanhada por profissional capacitado e certificado, que irá planejar a atividade para atingir os melhores resultados em um menor espaço de tempo, e com maior segurança.
Mapeando o estresse
O treinador destaca que diversos fatores levam à obesidade, entre eles os fatores químicos, relativos aos neurotransmissores e hormônios, assim como os fatores emocionais e comportamentais, formando uma grande espiral. “Nosso organismo não sabe identificar de onde vem o estresse, apenas sua magnitude”, explica.
A forma mais simples de mapear o estresse do exercício no corpo é através da frequência cardíaca, e a respiração é a melhor forma de administrá-la. É preciso aprender a fazer exercício para que se possa administrar sua rotina e entender as respostas do seu corpo. “Alguns fatores negativos podem estar associados à obesidade, e isso gera bastante desconforto, tanto físico quanto mental. Aquele ditado “mente são, corpo são” busca, na verdade, mostrar que existe uma relação direta entre eles”, alerta o treinador.
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Redação iBahia
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