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ENTRETENIMENTO

'Narcos' mostra ascensão do cartel de Cali após a morte de Pablo

Terceira temporada da série traz Pedro Pascal e Damián Alcázar como protagonistas

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Redação iBahia

02/09/2017 às 16:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 2:23 - há XX semanas
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Pablo Escobar está morto. Javier Peña e Steve Murphy já não são mais uma dupla. E o inimigo agora é outro. Na terceira temporada de “Narcos” — série anteriormente protagonizada por Wagner Moura —, que estreia hoje na Netflix, Pedro Pascal, o agente Peña, migra de Bogotá para Cali em busca de novos vilões.

(Foto: Reprodução/Netflix)

Dessa vez, o alvo são os chefões do Cartel de Cali, encabeçado pelos irmãos Gilberto e Miguel Rodríguez Orejuela (Damián Alcázar e Francisco Denis), Pacho Herrera (Alberto Ammann) e Chepe Santacruz Londoño (Pêpê Rapazote), os “maiores traficantes de drogas de quem você provavelmente nunca ouviu falar”, como a própria série define, e que chegaram a controlar 90% do mercado de cocaína no mundo.

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Boyd Holbrook, que encarnou o agente Murphy nas duas primeiras temporadas, não voltará ao papel, sem mais explicações. Quem assume a narração da história é o próprio Peña, que terá a companhia de dois novos oficiais americanos, Chris Feistl (Michael Stahl-David) e Daniel Van Ness (Matt Whelan) na tentativa de prender os criminosos, que anunciam um ousado plano de aposentadoria com a conivência das autoridades locais.

Para quem estranhou a continuação da história após o assassinato de Escobar, a explicação é simples: "Essa é uma série que acompanha o caminho que o narcotráfico percorreu. Já temos uma quarta temporada confirmada, e é muito possível que haja uma quinta. Afinal, a história continua. Quando morre um capo, surgem outros três. Morrem esses três, vêm outros seis. O Cartel de Cali aparece na segunda temporada e domina a terceira. A quarta provavelmente abordará algo mais ao Norte... — despista o mexicano Damián Alcázar, substituto de Wagner Moura, apontando para possíveis ligações da série com o seu país natal, onde “a realidade da guerra das drogas é pior do que muita ficção".

Gravada entre Bogotá e Cali, a nova temporada, que ainda tem o cineasta brasileiro José Padilha como produtor executivo e episódios dirigidos por Fernando Coimbra, de “O lobo atrás da porta”, continua trazendo imagens reais para ilustrar os conflitos abordados na versão ficcionalizada da história. Enquanto Pablo, um líder carismático, era protegido pelo povo pobre de Medellín, Gilberto e seus comparsas criaram uma grande rede de suborno de autoridades.

Eram homens teoricamente de paz, mas que corrompiam as autoridades e agentes em todos os níveis da sociedade. Essa é a grande diferença — aponta Alcázar, que, apesar da mudança de modus operandi dos novos protagonistas, garante que a trama continua cheia de ação. — É uma trama policial clássica, muito interessante para quem é viciado neste tipo de série. E, mais uma vez, apesar de ser baseada em histórias que realmente aconteceram, essa é uma ficção.

"O Cartel de Medellín, nos tempos finais de Pablo Escobar, ficou muito belicoso, porque o chefão estava se sentindo coagido, ele estava em guerra contra a polícia, contra o exército. Foi uma época muito violenta. Já os chefes do Cartel de Cali se comportavam como homens de negócios, e queriam continuar assim depois que abandonassem esse filão enorme que é o narcotráfico, que incluía o mercado deixado por Pablo", aponta Alcázar.

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