Em 1920 Paulo da Costa lima, tio me parece (não tenho certeza) do saudoso Epaminondas Costa Lima, criou a organização Jurubeba Leão do Norte, uma indústria de bebidas com base no extrato da árvore do mesmo nome, amarga de verdade. Na infusão com a cachaça e outras ervas como a quina, na época prescrita para a febre amarela e mais o popular e rasteiro fedegoso, ganhava um gosto menos carregado do cheiro original da casca.
Quase cem anos já se passaram e o produto continua a ser fabricado e tem grande aceitação ainda no interior do Estado e no Nordeste. Antes sugerido como digestivo e estimulante hoje é degustado na esperança de aumentar a potência sexual e nos bares é consumido como cachaça mesmo, uma dose atrás da outra. Foi o marketing que deu longa vida a este produto, uma das marcas de maior recall entre as indústrias de bebidas regionais.
Já nos anos 20 publicavam-se anúncios nas revistas como o deste post com um apelo medicinal. Não era propaganda mentirosa, mas um modismo da época de tratar os vinhos de folha como estimulantes com efeitos terapêuticos e recomendavam-se doses mínimas. Produtos similares como o Elixir de Nogueira, ou o Licor de Tayuyá seguiam a mesma linha discursiva na sua propaganda.
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Em 1937 Epaminondas Costa lima criou um lindo almanaque do produto para distribuição por mala direta e no ponto de venda à clientela mais fiel. Então Epaminondas passou a cuidar da conta, criou campanhas, anúncios e em especial muito material de PDV com a sua agência Costa Lima Publicidade e nas décadas de 70/80 associado à Denison, Publivendas e mais tarde à Engenhonovo. Era conta de meio porte, um investimento razoável, em função das necessidades de merchandising.
Tão voa aceitação tinha o produto que ganhou muitas imitações e daí surgiu a necessidade de uma comunicação mais agressiva com o slogan “Exija o legítimo”.
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Redação iBahia
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