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Imperatriz exalta centenário de Jorge Amado em desfile na Sapucaí

Dois carros tiveram problemas ainda na concentração. Luiza Brunet brilhou em seu 17º desfile pela escola

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20/02/2012 às 11:05 • Atualizada em 04/09/2022 às 4:01 - há XX semanas
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A Imperatriz Leopoldinense foi a terceira escola a desfilar na Sapucaí pelo Grupo Especial na primeira noite do carnaval 2012 no Rio. Com Luiza Brunet em busca de recorde à frente da bateria, a escola contou a vida de Jorge Amado. Entretanto, a agremiação teve imprevistos ainda na concentração que podem comprometer a nota final.
Destaque do carro alegórico 'Amada Igreja do Bonfim', da Imperatriz Leopoldinense
O segundo carro teve dificuldades para manobrar e o sétimo também apresentou problemas e foi parcialmente reparado antes do desfile. O diretor de carnaval Wagner Araújo, desabafou: “é claro, que com certeza, algum jurado vai punir”. Ignoradas as complicações, o carnavalesco Max Lopes tentou mostrar ao longo de 82 minutos de desfile como planejou a execução do enredo para tentar levar a agremiação além do sexto lugar obtido com a Imperatriz em 2011.
Imperatriz Leopoldinense fez desfile em homenagem ao escritor Jorge Amado
Já na comissão de frente a escola apresentou um dos livros mais famosos do escritor: Capitães de Areia. O grupo evoluiu com movimentos em um carrossel para lembrar as aventuras dos meninos que, na década de 30, roubavam para sobreviver pelas ruas de Salvador. A coreografia é de Alex Neoral e foi aplaudida pelo público nas arquibancadas."O mar de Yemanjá e a coroa de Oxalá" foi o tema do carro abre-alas. Ele representou o mar, fonte de inspiração para o escritor. A segunda alegoria retratava um dos pontos mais conhecidos da Bahia, a Igreja do Bonfim. No sambódromo, a réplica do templo foi exibido com paredes semitransparentes e muito iluminada. Sobre a alegoria, integrantes encenaram a lavagem da escadaria do Bonfim. O ritual foi retratado por Jorge Amado em suas histórias. O terceiro carro foi preparado para lembrar a formação do jovem escritor e para apresentar a riqueza cultural do povo brasileiro. A quarta alegoria lembrou "O Mercado Popular". Ele fez referência aos trabalhadores e aos quitutes da culinária baiana. Algumas das obras mais conhecidas do escritor ganharam forma no quinto carro da escola, "Crônicas de uma cidade do interior". Personagens como Quincas Berro D'Água, Gabriela e Dona Flor foram representados em esculturas. Problema em alegoriaO cantor Elymar Santos desfilou vestido de malandro no último carro, que representa o Pelourinho. "Já fui mais radical. A vida me ensinou a ser mais humilde. Hoje acredito que qualquer escola que esteja no desfile das campeãs mereça o primeiro lugar", disse o cantor. Apesar de ter percorrido a avenida sem provocar atrasos no encerramento da apresentação, uma das estruturas que representava uma das casas do Pelourinho ficou parcialmente tombada. Segundo integrantes da escola, o carro apresentou problemas após o rompimento de um cabo de aço e um dos destaques que deveria sair no alto da alegoria foi impedido de entrar na Sapucaí. Nil de Yemonjá explicou que a escola pediu que ele não desfilasse para não dar a impressão de erro. "A escola disse simplesmente que eu não devia entrar porque isso poderia atrapalhar na avaliação dos jurados e mostrar que o carro estava com defeito", afirmou. Ele disse que a fantasia custou R$ 15 mil, mas que não se importava com o prejuízo. "Apesar de tudo, vale pelo carnaval." BeldadesRainha de bateria, a atriz Luiza Brunet disse, ainda antes de entrar na Sapucaí, na noite deste domingo (19), que planeja entrar para o livro dos recordes. "Quero entrar para o Guinness Book como a madrinha que mais tempo ficou à frente de uma bateria. São 17 anos só na Imperatriz. Isso tem que valer alguma coisa." Ela teve uma queda de pressão antes de entrar na Sapucaí. "Minha pressão é baixa. Todo ano passo mal por causa do calor e da emoção", afirmou. Ela recebeu atendimento no posto médico, tomou soro e remédio, foi levada para o camarim da Liesa, mas voltou para a concentração em tempo de desfilar. A beldade representou uma deusa africana no enredo em homenagem a Jorge Amado. "Eu tenho orgulho de ser referência brasileira e fazer parte do carnaval." Neste ano, Luiza completa 31 anos de majestade - 17 apenas à frente dos ritmistas da Imperatriz. Em meio a boatos de aposentadoria – houve até rumores de que ela pretendia passar a coroa para a filha, Yasmin Brunet –, Luiza cumpriu a promessa de dar um novo show na avenida. As informações são do G1.

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