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Evento premia esforço de mulheres pós-bariátrica

“Trinta por cento das pessoas que se submetem a cirurgia bariátrica voltam a engordar”, afirma o médico Adriano Rios, cirurgião bariátrico

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23/08/2015 às 21:01 • Atualizada em 01/09/2022 às 8:13 - há XX semanas
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“Trinta por cento das pessoas que se submetem a cirurgia bariátrica voltam a engordar”. A confirmação foi feita pelo médico Adriano Rios, cirurgião bariátrico e diretor do NTCO (Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade). Esse é um dos motivos que levaram o Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade (NTCO), a realizar um concurso – que está em sua 3ª edição, chamado Miss Bariátrica Bahia.
O evento que está marcado para o dia 31 de julho, no Sheraton da Bahia Hotel, visa recolher o esforço e a disciplina de mulheres no tratamento contra a obesidade após a intervenção cirúrgica. A bariátrica, também conhecida como Cirurgia da Obesidade ou de Redução do Estômago consiste em uma plástica do estômago.
Ela é aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pacientes com IMC acima de 36 Kg/m² podem ser submetidos à cirurgia desde que apresentem problemas de saúde como hipertensão, diabetes, apneia do sono e outros problemas que devem sem diagnosticados pelos médicos especialistas. Ela também é indicada para pessoas que após tentar emagrecer por métodos mais convencionais não obtêm sucesso. Para essa parcela da população a recomendação é que somente sejam submetidos a intervenção pacientes com IMC maior que 40 Kg/m².
Apesar da orientação médica ser de que as pessoas após a cirurgia sigam uma disciplina de retornos periódicos para acompanhamento multiprofissional, muitas pessoas não voltam ao consultório médico, fazendo com que readquira parte do peso perdido ou o seu total. “De dez pessoas que fazem a cirurgia, uma recupera o peso total. Após a cirurgia os pacientes voltam ao mercado de trabalho, viajam, algumas consomem álcool e abandonam o tratamento e isso pode ser decisivo para a volta do peso perdido”, explica.
Após antes, durante e depois da cirurgia o paciente conta com uma equipe multidisciplinar com nutricionistas, educadores físicos, fisioterapeutas, endocrinologista e psicólogos para que ele tenha uma programação de tratamento de dois anos, período estabelecido para a mudança de hábitos.
“É importante entender que o grande desafio é adotar um comportamento diferente, principalmente sobre o ponto de vida psicológico. O comprometimento com relação às revisões que ocorrem a cada semestre também é fundamental. O que percebemos que há um desaparecimento gradativo na medida que se passam os meses”, lamenta.
A Bahia possui mais de 50% de pessoas acima do peso e desses, 4% tem indicação cirúrgica. A causa da obesidade se dá, na maioria dos casos, por fatores relacionados aos hábitos de vida. “Nos últimos 40 anos muitos hábitos mudaram. As pessoas caminham menos por conta da facilidade do transporte, as distâncias ficaram mais reduzidas”, explica como um dos problemas relacionados com o aumento de obesos.

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