Redação Nova Mãe Cada dia somos surpreendidos com novos casos de alergias alimentares e isso tem se tornado tão comum que resolvi escrever este post. A incidência de doenças alérgicas aumentou cerca de dez vezes nos últimos 30 anos. Os médicos falam até em epidemia. Estimam que uma em cada três pessoas tem alergia e que 50% delas são crianças. A alergia é, no mínimo uma chatice, e pode se transformar em um problema muito maior.
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometam 6-8% das crianças com menos de 3 anos de idade e 2-3% dos adultos.O que é e quais os sintomas A alergia alimentar é uma reação equivocada do sistema imunológico para alguns alimentos, normalmente uma proteína, em que o corpo a entende como um germe ou um invasor e passa a combater a substância e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório.As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A Alergia Alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos. Estas reações podem ser classificadas em reações tóxicas e não-tóxicas. As reações não-tóxicas podem ser de Intolerância ou Hipersensibilidade. Exemplo de reação não-alérgica são as reações por ingestão de alimentos contaminados por microorganismos. Estas se apresentam agudamente com febre, vômitos, diarréia e geralmente acometem várias pessoas que ingeriram os alimentos contaminados.Segundo alguns autores, a Alergia Alimentar está presente em 38% das crianças com Dermatite Atópica moderada/grave. A Dermatite Atópica se apresenta com um quadro de coceira de intensidade moderada a grave, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a pele, ressecamento generalizado da pele e eczema simétrico nas dobras dos cotovelos e joelhos, pescoço, face e superfície extensora dos braços e pernas. Os alimentos mais envolvidos são o leite de vaca, ovo, soja, trigo.Principais manifestações clínicas da Alergia Alimentar Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia são mais comuns as reações que envolvem: #1 – a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), #2 – o aparelho gastrintestinal (diarréia, dor abdominal, vômitos), e #3 – o sistema respiratório, como tosse, rouquidão e chiado no peito. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (Reação Anafilática), também podem ocorrer. Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento. Sintomas nasais isolados não são comuns. Reação Anafilática É uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. A Reação Anafilática pode ser provocada por medicamentos, venenos de insetos e alimentos. Na Alergia Alimentar, o alimento induz a liberação maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (“choque anafilático”). Existe algum meio de prevenir a Alergia Alimentar? Além de orientações que devem ser dadas aos recém-nascidos de pais ou irmãos atópicos, o estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida é fundamental, assim como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia.#IMPORTANTE: Recomenda-se a introdução dos alimentos sólidos após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe, somente após o 3º ano de vida. Como tratar a Alergia Alimentar? Não há atualmente um medicamento específico para tratar a Alergia Alimentar. Uma vez diagnosticada a alergia, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato apontam para a presença de leite de vaca. Todas as orientações devem ser fornecidas aos pacientes e familiares. A alergia pode não ser para sempre Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) que lhes provoca alergia alimentar entre os 3-5 anos de idade. O teste cutâneo permanece positivo apesar do aparecimento da tolerância ao alimento. Já a sensibilidade ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece.Em alguns casos, principalmente nas crianças, a exclusão rigorosa do alimento parece promover a diminuição da alergia. O alimento deve permanecer suspenso por aproximadamente 6 meses. Após este período o médico especialista poderá recomendar uma reintrodução do alimento e observar os sintomas. Se o indivíduo permanecer assintomático e conseguir ingerir o alimento, o mesmo pode ser liberado. Caso ocorra qualquer sintoma, a dieta de eliminação deve ser mantida. A presença de reação alérgica grave, como a anafilaxia ao amendoim, contra-indica esta reintrodução. Nos pacientes altamente sensibilizados, a presença de quantidades mínimas do alimento pode desencadear reação de extrema gravidade. SEMPRE Pergunte para a Mãe/Pai Antes de Oferecer um Alimento! Por isso é muito importante que os adultos perguntem às mães se podem ou não oferecer determinados alimentos a bebês e crianças. Só neste final de semana vi dois casos sérios que me deixaram super preocupada, com reações alérgicas graves por alimentos oferecidos inocentemente à bebê e criança! Não é exagero, não é chatisse de mãe, nem excesso de cuidado, é que simplesmente essas coisas podem ser evitadas apenas perguntando à mãe se o bebê /criança pode ou não comer!Sim, é lindo vê-los descobrindo novos sabores, mas é muito mais bonito ter certeza de que isso será bem vindo, e que a mamãe não precisará levar seu filho para a emergência sem nem saber o que aconteceu e nem o que a criança comeu… Foi também o que aconteceu com a Nicole (@eagoragemeos)… Já está tudo bem, mas é um susto danado, que poderia ser evitado. Então, tios, tias, vovós, vovôs, amigos, sei que amam nossos bebês, então não custa perguntar! Beijos,
Foto: Divulgação |
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Redação iBahia
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