Escrever um currículo ainda é um mistério para muitos profissionais. A falta de conhecimento para construir esse documento com excelência faz com que muitos profissionais incluam informações desnecessárias que atrapalham a organização, a objetividade e a clareza sobre o seu perfil.
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É comum um recrutador avaliar centenas de currículos para um conduzir um processo seletivo. Sendo assim, os profissionais de RH precisam ler os documentos rapidamente e selecionar os candidatos mais adequados à vaga. Porém, quanto maior o número de informações desnecessárias em um currículo, mais tempo o recrutador perde para entender o seu perfil e isso afeta diretamente o seu desempenho do processo.
Para que você não caia nestas armadilhas e possa ter um ótimo desempenho do processo seletivo, seguem abaixo quatro informações que não devem constar em seu currículo:
1- Foto
Exceto em situações nas quais o recrutador solicita o envio de currículo com foto (que ocorre em pouquíssimos processos seletivos, geralmente para vagas comerciais e de atendimento), o seu currículo não deve conter foto. Na grande maioria dos casos, a sua aparência é irrelevante para o processo seletivo.
Portanto, a inclusão de sua foto no currículo se torna completamente desnecessária. Caso esta regra seja quebrada, você pode por em risco a conquista do seu emprego, principalmente se a foto demonstrar uma imagem não profissional. Uma foto com roupa inadequada, maquiagem exagerada ou que mostre produtos ou marcas de empresas (mesmo que no fundo) afetarão a interpretação do seu perfil, muitas vezes, eliminando você da seleção.
2- Número de documentos
Número do RG, CPF, habilitação, entre outros, não fazem a mínima diferença no processo seletivo. Para avaliar o seu perfil, o recrutador não utiliza estes dados. Estas informações poluirão o seu currículo, aumentando a quantidade de informações e afetando a objetividade tão necessária neste documento. O recrutador tem pouco tempo para ler o documento. Portanto, ajude-o apenas com os dados importantes.
Caso você esteja concorrendo a uma vaga de motorista, provavelmente o recrutador solicitará um profissional com habilitação de determinada categoria. Nestes casos, informe apenas qual a categoria da sua carteira de motorista e não o número.
3- Formações acadêmicas óbvias
Pense comigo: qual a necessidade de informar a sua graduação no ensino fundamental e médio se você já está informando que possui uma formação superior? Quando informamos o curso superior concluído ou em andamento, pressupõe-se que você, obrigatoriamente, é formado no ensino médio.
Porém, o mesmo não acontece com pós-graduações e mestrados. Se você tiver um doutorado, mestrado ou pós-graduação, ainda deverá informar a sua formação superior. Afinal, as formações superiores são específicas (variando a área e a especialidade), diferentemente do ensino fundamental e médio que é igual a todos os estudantes.
4- Habilidades comportamentais
Ainda vejo muitas descrições em currículos como: “ótimo relacionamento interpessoal”, “facilidade para trabalhar em equipe” ou “grande capacidade de concentração”. O problema é que um currículo deve informar apenas o que pode ser comprovado, como por exemplo, uma formação acadêmica através de um diploma ou uma experiência profissional através da carteira de trabalho.
Além das habilidades comportamentais não poderem ser comprovadas facilmente, elas serão avaliadas em etapas futuras no processo seletivo, como nas dinâmicas de grupo ou nas entrevistas. Estas habilidades não devem constar no currículo, pois não é o que o recrutador busca avaliar neste primeiro momento. Geralmente, ele quer entender quais as experiências profissionais e formações acadêmicas que o candidato possui.
Se o seu currículo ainda contém algum destes 4 itens, que tal revisar e garantir que estas informações não façam mais parte do documento? Com certeza isto pode garantir melhores resultados no futuro!
Sobre o autor
Allan Lopes é Coaching Sistêmico, membro da Internacional Coach Federation, Master Practitioner em PNL e especialista em gestão de performance e em processos de mentoring e coaching aplicados ao ambiente corporativo. Sócio da Soar Desenvolvimento Humano e responsável pela área de Consultoria em Recursos Humanos.
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Redação iBahia
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