Crescer determinado desde muito novo, no que diz respeito ao caminho profissional a ser seguido, é para poucos. Grande parte dos jovens sofre por não ter certeza de qual carreira optar e se sentem perdidos pouco antes de prestarem o vestibular.
Para Maura Xerfan, Coordenadora do Núcleo de Orientação à Carreira da Unicarioca, como essa é uma dificuldade muito frequente e também por não haver informações suficientes, os jovens devem sim “escutar” o coração.
—Para uma boa escolha, não há dúvida que o coração tem voz, uma voz que vem do autoconhecimento e mapeamento de talentos. Mas é preciso colher informações sobre a profissão escolhida e também olhar para o mercado de trabalho. Na minha visão, uma escolha de carreira bem-sucedida, na realidade, envolve muitas questões como: talento, vocação, dedicação e investimento. Por isso, você precisa planejar e pensar bem no seu futuro profissional.
A pressão psicológica, muitas vezes, é um dos fatores que mais deixam o jovem ansioso e com dificuldade em escolher um curso, e de acordo com Maura, é preciso saber separar graduação de carreira.
—Na prática, o que vemos são profissionais com uma formação na área ‘x’ atuando com excelência na área ‘y’. Acredito piamente que conhecimento nunca é demais, é uma bagagem que não pesa, ao contrário, te eleva. E toda matemática e os cálculos que o aluno aprendeu em um curso de engenharia, pode fazer dele um excelente analista de risco ou profissional de finanças. Tudo bem não “acertar” de primeira.
Uma atividade que ajuda muito, para ela, seria o aluno participar de programas que permitam maior envolvimento nas áreas de interesse, como por exemplo, visitar empresas, ser "estagiário por um dia" ou o voluntariado em algum serviço.
Para minimizar o peso da escolha da carreira, a profissional recomenda diferenciar a escolha da graduação e as opções de carreira. Para ela, o mercado está mais flexível e para cada curso de graduação há várias portas profissionais sendo abertas para sua atuação. Usar isso para minimizar o peso da escolha, seria um diferencial e o estudante permaneceria mais seguro e estável.
Para Roberta Barzagui de Sá, coordenadora do curso de Psicologia da Unigranrio, refletir sobre si e buscar identificar seus pontos fortes, é de extrema importância.
—É necessário, assim que optar pelo curso, ser um incansável pesquisador dentro da sua área. Antes da decisão, é bom também conversar com os pais, com profissionais da área e com professores. Aconselho que usem as redes sociais para falar com estudantes do setor de interesse. Orientação profissional feita por um psicólogo também é um ótimo caminho para realizar uma escolha mais segura — completa.
Na instituição em que trabalha, o suporte chega de todos os lados e o aluno que está confuso com o curso é cercado de informações e aconselhamentos.
Para o futuro do mercado de trabalho, tanto Maura quanto Roberta estão de acordo. Ambas afirmam que essa nova geração é dos chamados ‘nativos digitais’, e que as empresas terão que oferecer algo muito maior que apenas estabilidade para segurar o profissional no emprego. De acordo com elas, flexibilidade de horários e liberdade de criação estão entre os itens que serão cada vez mais cobrados pelos funcionários.
—Essa geração valoriza a marca que deixa por onde passa, não querendo apenas ter trabalhado na empresa "x". São pessoas que querem deixar algo, querem ter um legado que dê significado ao investimento feito — finaliza Maura.
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Redação iBahia
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