Cerca de 65% das provas dos Concurso Nacional Unificado já tinha sido entregues em alguns municípios, segundo a ministra Esther Dweck. A informação foi divulgada durante coletiva sobre o adiamento do processo seletivo.
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"As provas já estavam nos estados, nas capitais. Elas estavam começando o processo, desde quinta-feira, de interiorização nos estados. Já tinham chegado a 65% das provas. Elas estavam sendo entregues pelos Correios com escolta da PRF, também da Força Nacional. A nossa ideia é recentralizar as provas", disse a ministra.
Ainda de acordo com ela, o governo pretende recolher as provas para aplicar os mesmo exames quando a nova data for anunciada. O tema será discutido com os Correios, responsável pela entrega, e a Cesgranrio.
"A ideia é recentralizar as provas para garantir a integridade e aplicar estas mesmas provas. [...] Elas estão em lugar seguro com escoltas", continuou.
O iBahia procurou o Correios e a PRF mais informações o recolhimento de provas na Bahia, mas ainda não obteve retorno. O Governo do Estado afirmou que Jerônimo Rodrigues não vai se pronunciar sobre o assunto.
Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que tinha um esquema de segurança montado e que todo o suporte para escolta e guarda das provas será mantido.
Ao todo, mais de 2 milhões de pessoas foram impactadas com o adiamento da prova, que aconteceria no domingo (5). As questões de logística para a reaplicação do Concurso Nacional Unificado ainda serão discutidas, já que envolvem também mais de 4 mil locais de prova, 60 mil salas e 200 mil pessoas que trabalhariam na data.
Nova data do 'Enem dos Concursos' ainda não foi anunciada
O "Enem dos Concursos" foi adiado devido as condições climáticas no Rio Grande do Sul. A ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmou que a decisão tem o objetivo de garantir que os inscritos façam a prova "nas mesmas condições".
O governo informou que a nova data só será anunciado após a melhora das condições climáticas em todo o país, em especial, no sul do estado onde cerca de 200 municípios foram atingidos pela chuva.
"A nova data será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional", afirmou Paulo Pimenta.
"Não temos uma nova data. Eu quero deixar bem claro que a gente, nas próximas semanas, poderá divulgar uma nova data, mas nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite, hoje, divulgar uma nova data com segurança", completou a ministra Esther Dweck.
Concurso Público Nacional Unificado
O Concurso Público Nacional Unificado é um novo de seleção de servidores públicos, criado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Consiste na realização conjunta de concursos públicos para o provimento de cargos públicos efetivos no âmbito dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, mediante a aplicação simultânea de provas em todos os Estados e no Distrito Federal.
O Governo busca promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos; padronizar procedimentos na aplicação das provas; aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público; e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame.
Na Bahia, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) seria realizado em 272 espaços de aplicação e 5.528 salas. A nova seleção de servidores públicos oferecerá 6.640 vagas divididas em 21 órgãos da Administração Pública Federal.
A Unijorge (Campus Paralela), em Salvador, seria o local de aplicação que mais receberá candidatos para fazer a prova do CPNU no estado. De 162.701 pessoas que se inscreveram no CPNU no estado, 7.683 fazem a prova nesta universidade.
Para manter a segurança e a lisura da prova, foram definidas diretrizes de segurança dentro e fora dos locais de aplicação. Dentro das salas de aula, os fiscais foram orientados a não permitir que os candidatos saiam com o caderno de provas e nem realizem anotações do gabarito no cartão de confirmação.
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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