Crise, crise, crise. Você sabia que a palavra mais presente no dia a dia dos brasileiros nos últimos meses – e cujo significado afeta a todos – pode ter seus efeitos amenizados? Basta apostar na resiliência!
Resiliência é um termo que vem da física e significa “a capacidade que os materiais têm de retornar ao seu estado original depois de serem submetidos à pressão ou deformação”. Quando aplicada no âmbito pessoal, seu significado pode ser estendido para a capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar às mudanças mesmo em situações negativas. Em outras palavras, superar as adversidades e gerar aprendizados. Empregos: Ambev abre oportunidades para profissionais com deficiência na Bahia
De acordo com Dr. Paul Stoltz, um dos maiores especialistas em resiliência humana, o segredo da resiliência está na capacidade de lidarmos com a adversidade no dia a dia. Em suas pesquisas, ele descobriu que passamos por cerca de 23 tipos de adversidades diferentes num único dia, e que o modo como reagimos a elas é o que faz toda a diferença.
“As pessoas diferem bastante com relação ao comportamento diante das adversidades. Algumas enfrentam as situações duras e buscam se adaptar, sobreviver, vencer, enquanto outras passam a maior parte do tempo reclamando, culpando os outros e se considerando vítimas das circunstâncias”, explica Luciane Botto, professora de pós-graduação da FAE e mestre em Organizações e Complexidade.
Segundo a especialista, pessoas que respondem à adversidade como uma oportunidade, com um senso de propósito e controle, permanecem mais fortes diante de cenários instáveis; enquanto aquelas que têm uma mentalidade de vítima e acreditam que o “sistema” é o culpado de tudo o que dá errado em suas vidas respondem mal à adversidade, tornando-se impotentes e fracos. “É como se, diante do inesperado, jogássemos para o alto uma moeda, na esperança de buscar uma revelação. E assim, numa mesma moeda, teríamos duas faces: vítima e protagonista”, analisa.
De qual lado da moeda você está?
De acordo com Luciane, é fácil identificar em qual das circunstâncias um indivíduo se encontra. “Basta conversar com ele por alguns minutos, acompanhar suas postagens nas redes sociais ou o modo como ele enfrenta seus desafios e adversidades no dia a dia”, exemplifica.
Seguindo este pensamento, de um lado teríamos as pessoas que se comportam como ‘vítimas’ e que “desistem facilmente e são pessimistas com relação ao futuro. Não cultivam sonhos, pois já sabem que não haverá jeito mesmo de realizá-los plenamente. Quando algo sai errado, permitem que essa onda de negatividade invada todas as esferas da vida”, alerta Luciane.
O outro lado da moeda teríamos as pessoas que agem como ‘protagonistas’ e que, ao mesmo tempo que estão conscientes da existência e da complexidade da crise, não permitem que o medo e a ansiedade ‘afoguem’ sua racionalidade. “Aconteça o que acontecer, elas enfrentam com coragem e foco na solução. Determinam-se na busca de recursos internos e externos para vencer os problemas. Não se entregam. Mudam planos, estratégias, aprendem com os erros, não desistem”, completa.
Veja a seguir as dicas da especialista para reforçar sua resiliência e, assim, controlar de maneira mais eficaz as situações que estão fora de controle:
Aposte no autoconhecimento e no autocontrole. Quando permitimos que as adversidades invadam nosso emocional, há um comprometimento da nossa capacidade de lidar com as situações de um modo eficaz, pois atrapalha nossa capacidade de pensar claramente e tomar decisões racionais nesses momentos.
Concentre-se em viver no aqui e agora, ou seja, no momento presente. A preocupação excessiva com o futuro também alimenta a ansiedade e o medo, desperdiçando sua energia mental.
Adote perspectivas ao mesmo tempo positivas e realistas sobre os acontecimentos que o influenciam.
Pratique exercícios físicos.
Aceite desafios em sua vida pessoal e profissional. Faça da mudança um estilo de vida. Esse hábito será um treino para futuras situações que exijam resiliência.
Busque aprender como as pessoas resilientes agem.
Mantenha uma rede social próxima e solidária. Fortaleça esses vínculos, pois estimulam a coragem em situações tensas.
Diante de uma situação difícil, pergunte a si mesmo: “Existe algo que posso aprender com essa experiência?”.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade