Quatro candidatos ao Senado na Bahia participam de debate; veja como foi

Quatro candidatos ao Senado na Bahia participaram, na manhã desta terça-feira (30), do debate eleitoral realizado pelo g1 Bahia. Além do portal, participam do debate, que faz parte das ações integradas da Central de Eleições da Rede Bahia, o iBahia, Bahia FM, TV Bahia e as afiliadas do interior.

Participaram do debate os candidatos Cacá Leão (PP), Otto Alencar (PSD), Raissa Soares (PL) e Tâmara Azevedo (PSOL). Todos eles fazem parte de partidos/coligações com, no mínimo, cinco representantes no Congresso Nacional.

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O debate foi divido em três blocos, além das considerações finais:

1º bloco: A primeira parte do debate teve perguntas dos jornalistas da Rede Bahia – iBahia, Bahia FM, g1 Bahia e TV Bahia. Cada jornalista perguntou para um candidato e um segundo candidato, escolhido por sorteio, comentou a resposta. Para cara pergunta, o candidato teve 2 minutos de respostar. O candidato que comentou, teve 1 minuto para fazer a declaração.

2º bloco: Cada candidato teve direito a fazer uma pergunta com temas livres. O candidato só poderia perguntar a outro postulante que ainda não havia respondido. O tempo de pergunta foi de 30 segundos e de resposta, 2 minutos. Houve ainda 1 minuto para réplica e 1 minuto para tréplica.

3º bloco: Temas determinados por sorteio ao vivo. Neste bloco, os candidatos tiveram direito a responder uma pergunta. O tempo de pergunta é de 30 segundos e de resposta 2 minutos. Houve ainda 1 minuto para réplica e 1 minuto para tréplica.

4º bloco: Considerações finais em ordem definidas por sorteio.

Primeiro bloco

O jornalista Emmerson José, editor-chefe da central de radiojornalismo, fez a primeira pergunta para a candidata Tâmara Azevedo. A postulante do PSOL teve que responder sobre a presença da esquerda na disputa ao senado. Emmerson questionou se Otto Alencar, candidato do PT, não seria de esquerda.

"Nossa chapa é a única da esquerda. O PSD, do candidato Otto Alencar, na chapa do PT, é do Centrão. A Bahia não poderia ficar sem uma representação popular nessa eleição. O presidente Lula é de esquerda, mas sabemos que chegar ao poder não é fácil, por isso estamos com Lula para que ele possa garantir um mandato popular", diz Tâmara (PSOL).

A jornalista Andrea Silva, da TV Bahia, perguntou para a candidata do PL, Raíssa Soares, sobre a defesa do uso da hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19.

"Em relação à Covid-19, Porto Seguro foi modelo no enfrentamento à Covid. Infelizmente a CPI da Covid não deu em nada. Foi um desserviço à população brasileira. Quando se precisava investigar o que de fim de direito nada disso foi questionada. Se nossos parlamentares da Covid estivessem casada, com certeza não teríamos as 600 mil mortes da pandemia", disse Raíssa.

Danutta Rodrigues, coordenadora do núcleo iBahia-rádios, perguntou ao candidato Cacá Leão (PP) sobre a mudança de alianças no âmbito estadual. O pai do postulante, o vice-governador João Leão, rompeu com o governador Rui Costa durante a pré-campanha.

"Precisamos olhar para frente. O que eu quero e tenho feito é olhar para frente. Buscando as soluções necessárias para que possamos projetar nosso estado para o futuro. O que quero é estar no Senado ao lado de ACM Neto fazendo as transformações virarem realidade. Precisamos de parlamentares com capacidade diálogo”, diz Cacá Leão (PP).

Valma Silva, editora do g1 Bahia, dirigiu a pergunta ao candidato Otto Alencar (PSD). O postulante respondeu sobre reforma eleitoral.

"No dia a dia do Senado tentamos mudar a forma com que tem feito as eleições. Tenho comigo que o país não vai suportar de 2 em 2 anos eleições. Você termina uma eleição de prefeito, no dia seguinte já começa a falar de eleição de governador. Na minha opinião, deveriam acontecer eleições gerais com custo menor. De vereador a presidente. Isso já foi feito no passado", diz Otto (PSD).

Demais blocos

No segundo bloco, os candidatos fizeram perguntas entre si, com temas livres. Quem começou perguntando - ordem definida por sorteio - foi o candidato Otto Alencar (PSD). Ela perguntou ao postulante Cacá Leão (PP) sobre a privatização da Petrobras.

O segundo candidato a perguntar foi Cacá Leão (PP), que dirgiu a pergunta sobre segurança pública e criminalidade na Bahia para Otto Alencar (PSD).

Tâmara Azevedo (PSOL) também optou por fazer uma pergunta sobre segurança pública. Ela questionou a candidata Raíssa Soares (PL) sobre armamento. Por fim, Raíssa Soares (PL) perguntou a Tâmara Azevedo (PSOL) sobre legislações para a família.

No terceiro bloco, os temas das perguntas foram sorteadas ao vivo pelo mediador do debate. O primeiro tema sorteado foi indicação do Planalto para cargos chaves. A pergunta sobre o tema foi feita pela candidata Raíssa Soares (PL) para o candidato Otto Alencar (PSD).

O segundo tema sorteado foi Orçamento Secreto. A pergunta foi feita por Cacá Leão (PP) para a candidata Raíssa Soares (PL).

Tâmara Azevedo (PSOL) perguntou ao candidato Cacá Leão (PP) sobre Reforma Tributária, terceiro tema sorteado. Por fim, Otto Alencar (PSD) perguntou à Tâmara sobre um revisão do Código Penal.

Considerações finais

Tâmara Azevedo (PSOL)
"Agradecer a audiência de todos e todos que estiveram conosco, pedir que realmente a gente avalie o nosso voto. Já não dá mais para a gente continuar com essa velha política do coronelismo, não dá pra gente entregar as nossas vidas na mão do fascismo bolsonarista. É importante que seja dito que os dados que foram apresentados aqui estão no UOL, no site Congresso em Foco para qualquer pessoa ver que Cacá Leão votou 94% alinhado ao governo Bolsonaro e que o doutor Otto votou 82% alinhado ao governo Bolsonaro. Eu estou aqui para representar cada mulher cada negro. Nós não somos minoria da sociedade, os negros são 81% da sociedade e as mulheres de 52%. Nós precisamos de uma política mais plural, nós precisamos exercer a democracia representativa"

Otto Alencar (PSD)
"Eu quero agradecer ao g1, a todos que participaram. Agradecer a Tâmara Azevedo, ao Cacá Leão a Dra. Raíssa Soares. Dizer que o debate é fundamental, eu já debati em várias oportunidades como candidato ou não, ruim é fugir do debate. Estar presente, falar com clareza as suas convicções políticas ideológicas, eu creio que a minha vida foi uma vida sempre ligada ao trabalho. Hoje, eu estava olhando de manhã a minha carteira de trabalho. Comecei a trabalhar em 1973, convocado de forma compulsória pelo exército. Exerci todos os meus cargos com dignidade, com honra, administrei todos os orçamentos do Estado, todos milhões e milhões da minha vida. Não tenho denúncia de Mistério Público. Não responda no meu processo. Sou uma pessoa que cumpriu, não fiz favor ao Brasil, nem à Bahia, cumpri meu dever com muita dignidade, com muita honra e assim vou proceder com fé em Deus e com a força do Povo futuramente no senado"

Cacá Leão (PP)
"Eu quero agradecer a você, Ricardo, agradecer ao g1, agradecer aos demais candidatos. Gostaria de ter visto mais aqui nesse debate, ter tido a oportunidade para que a gente venha a debater mais os problemas do estado e como no Senado a gente vai poder ajudar o próximo governo a resolvê-los. Eu, como deputado federal, passei por três presidentes da República de partidos e ideologias completamente diferentes e o nosso mandato trouxe resultados concretos para ajudar as baianas e os baianos a viverem em um estado melhor no Senado federal. Eu vou ampliar ainda mais esse trabalho, construindo as pontes necessárias com quem quer que seja o presidente da República escolhido pelos brasileiros em outubro desse ano. Fazendo com que a Bahia seja o melhor estado de todo o Brasil, ajudando ACM Neto a transformar os sonhos dos baianos e das baianas em realidade. Por isso no dia 2 de outubro, vote 44 para governador e 111 para senador"

Raíssa Soares (PL)
"Meu povo da Bahia, como filha adotada que sou, com coração baiano com serviços prestados para o nosso povo, eu queria que agradecer o espaço do debate, agradecer aos candidatos que estão aqui presentes e dizer para vocês que no período lá atrás da pandemia, quando eu me dediquei horas a fio, enfrentei o vírus, eu não prestei atenção em que era de direita ou de esquerda. Eu cuidei do povo, de todas as cores, raças e religiões. Como médica, a bandeira que a gente carrega é a bandeira de uma mudança de cenário. Eu agradeço aqui o presidente Bolsonaro por me confiar essa função. Sem dúvida nenhuma uma função difícil, mas eu estou aqui para dizer para o nosso povo baiano que diante de todos os desafios, até na secretaria de saúde, fazendo o que fiz, com recursos que sobraram do Covid, deixando ali um legado para o nosso povo de Porto Seguro. Estão lá as minhas obras. O meu abraço, o meu amor à Bahia e continuamos juntos lutando por vocês muito"

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