Em 2016, uma adolescente de 16 anos chamou atenção como uma das líderes do movimento estudantil nacional que ocupou pelo menos 850 colégios do Paraná e chegou a 20 estados do Brasil. Ana Júlia, na ocasião, utilizou a tribuna da Alep para protestar contra a reforma no ensino médio e sobre a morte de um jovem durante uma ocupação, momento em que acusou os deputados estaduais de estarem com a "mão suja com sangue" por omissão.
A jovem, hoje com 22 anos foi eleita deputada estadual pelo PT. Atual vereadora de Curitiba foi eleita com 51.845 votos – a 5ª mais votada do partido, que fez sete cadeiras na Alep, e a 26ª mais votada entre os 54 eleitos.
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A eleição de 2022 foi o segundo pleito eleitoral disputado por Ana Júlia. Antes deste, ela tinha concorrido para vereadora de Curitiba, em 2020, ficando na suplência do PT. Na época, a jovem recebeu 4.538 votos, reflexo de uma campanha pautada principalmente na defesa da educação pública.
Ana Júlia é a deputada estadual mais jovem eleita no Paraná, de acordo com informações da Casa de Leis.
Segundo Ana Júlia, por ser jovem, ela enfrentou resistência em alguns ambientes, incluindo a própria Câmara. Mas acredita que a "pouca idade" é um diferencial bom para o debate democrático.
"Eu já enfrentei resistência por ser jovem, ouvi pessoas me chamando de vereadora estagiária, aprendiz… E por mais que isso tenha sido falado algumas vezes de forma amigável, inconscientemente isso cria uma imagem de que a pessoa não é capacitada o suficiente, ou não teria condições de estar fazendo articulações […] Mas acredito que mostrei e provei que não era bem por aí… Tive um bom diálogo", disse Ana Júlia ao g1 Paraná.
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Redação iBahia
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