O presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no 2° turno para Lula (PT), no último domingo (30), se pronunciou pela primeira vez nesta terça-feira (1°), quase 48 horas depois do resultado ser divulgado. Na fala, o chefe de estado agradeceu aos mais de 58 milhões de votos recebidos, não parabenizou o presidente eleito Lula, e pediu por manifestações pacíficas.
"Quero começar agradecendo aos 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral, as manifestações pacíficas sempre serão bem vindas, mas os nossos métodos não podem ser os mesmo que o da esquerda, que sempre prejudicam a população com invasão de propriedade, destruição de patrimônios e cerceamento do direito e ir vir", disse o presidente.
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A parte inicial do discurso foi voltada para as 267 interdições que ocorrem nas estradas brasileiras desde que o resultado das eleições foi liberado. Na Bahia, até o momento são 5 estradas bloqueadas por caminhoneiros e apoiadores de Bolsonaro, em Itabela, São Desidério, Itabatã, Luís Eduardo Magalhães e Águas Vermelhas.
Em seguida, Bolsonaro falou sobre a presença da "direita" no Brasil, e avalia o próprio governo.
"A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família. Formamos diversas lideranças pelo Brasil, nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema superamos a pandemia e a consequência de uma guerra. Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e a redes sociais", avaliou.
Por fim, o presidente, que segue no mandato até 31 de dezembro, diz que vai continuar cumprindo com a Constituição.
"Enquanto presidente da República, esse cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que como eu defendem a liberdade econômica, liberdade religiosa, liberdade de opinião, honestidade e as cores da nossa bandeira. Muito obrigada", encerrou.
Transição de governo
Após o discurso de Bolsonaro, o Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou que Jair Bolsonaro autorizou o processo de transição. Segundo ele, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, informou, em nome de Lula, o nome de Geraldo Alckmin para chefiar o processo.
"O presidente Bolsonaro me autorizou, quando for provocado, com base na lei, nós iniciaremos o processo de transição. A presidente do PT, segundo ela em nome do presidente Lula, na quinta-feira será formalizado o nome do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a lei no nosso país", disse.
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Redação iBahia
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