O jornalista William Bonner, atual apresentador do Jornal Nacional, participou do programa "Encontro", ao vivo, para prestar as últimas homenagens para Cid Moreira, que morreu na manhã desta quinta-feira (3).
Durante conversa com Patrícia Poeta, Bonner revelou a importância do jornalista para a carreira profissional dele, além dos conselhos recebidos ao longo dos anos.
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"Que dia triste, que notícia, derruba a gente logo de manhã, mas que prazer poder falar um pouco sobre a importância de Cid Moreira não para a televisão apenas, mas para a minha vida pessoal, minha vida profissional. A primeira coisa que eu quis dizer é Fátima, tenha o nosso carinho, tá? Companheira do Cid por tantos e tantos anos e autora desse livro [Boa Noite], que apresenta ao leitor o tamanho de Cid Moreira como profissional", iniciou.
"Na Globo, ele inaugurou o Jornal Nacional e permaneceu interruptamente até o fim de março de 1996. Para qualquer pessoa que tenha mais de 40 anos, o Jornal Nacional tem aquele rosto. Para quem tem menos de 40 anos, talvez o rosto não seja o do Cid, mas ele é o rosto e a voz do Fantástico", seguiu William Bonner.
O jornalista da Globo contou momentos dos bastidores de Cid Moreira na emissora e revelou os conselhos profissionais recebidos nos momentos em que se encontravam. "O Cid era um brincalhão, um grande brincalhão e ele adorava que brincassem com ele também, quando ele pôde passar a brincar com ele mesmo, a carreira dele entrou por outro patamar. Quem não vai se lembrar do vozeirão dele falando sobre o Mister M?", disse.
William Bonner relembra momentos marcantes com Cid Moreira
Bonner ainda revelou dois momentos que foram marcantes para ele ao lado de Cid Moreira: "Na minha carreira, pessoalmente, tem dois momentos muito marcantes. O primeiro deles foi o dia em que vi o Cid Moreira de perfil, porque essa é a visão do Cid na tela da TV, de frente para a câmera, e foi muito estranho ver a figura de perfil. Quando eu vi o rosto, eu fiquei petrificado, foi na redação do jornalismo".
"E aí, o segundo momento mais marcante foi quando olhei para a minha direita e vi o Cid Moreira na mesma bancada para apresentar o JN. É uma experiência profissional que quem passou por ela tem dificuldade de esquecer porque ele é uma figura gigantesca, uma voz de credibilidade indiscutível e em um tempo que não tinha internet, TV por assinatura, streaming. Naquele tempo, o Jornal Nacional era a principal fonte de informação dos brasileiros", completou.
Por fim, o jornalista relembrou o momento em que dividiu bancada com Cid Moreira: "Estava ao lado do Cid para apresentar o Jornal Nacional e muito nervoso, virei para o lado e falei 'quando foi que você parou de ficar nervoso ao fazer o jornal?' e ele 'nunca'. Ele disse que é impossível não ficar nervoso fazendo o Jornal Nacional."
Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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