Soteropolitana, a autora Manuela Dias estreia a segunda temporada da série "Justiça", nesta quinta-feira (11), com quatro episódios inéditos no Globoplay.
A convite do serviço de streaming, o iBahia esteve presente no evento de estreia da série, no Rio de Janeiro, onde participou de coletiva de imprensa com a escritora.
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No bate-papo, Manuela Dias falou sobre "Justiça 2" ser reconhecida por quem assistiu a primeira temporada, além de detalhar o formato das novas histórias.
"Com certeza quem assistir a segunda temporada vai reconhecer a primeira, ela vem com o mesmo formato, então são quatro histórias independentes que envolvem um crime, uma pessoa, ou um ato considerado criminoso e essas quatro pessoas vão presas e saem da cadeia, tudo no primeiro episódio", iniciou.
"A série não trata sobre o sistema penal, a gente fala sobre o nosso desejo de justiça, a possibilidade de perdão, o desejo de vingança e, sobretudo, apesar de serem temas pesados, eu acho que a série fala sobre superação, fala sobre o amor que pode aparecer em qualquer momento", completou Manuela Dias.
"Justiça 2" aposta em temas delicados
A premissa da série é apostar em diferentes visões do mesmo acontecimento, assim como ocorre na vida real, onde um fato pode ter diferentes versões a partir dos pontos de vista. Com isso, a série aborda temas como racismo, estupro, questões legais e mais temas delicados.
As histórias são centradas nos personagens que são presos por terem cometidos crimes ou por estarem no local errado e na hora errada, em um time de atores composto por Juan Paiva, Murilo Benício, Nanda Costa e Belize Pombal.
"Praticamente todos os personagens passeiam por todas as histórias só que com importâncias diferentes. O protagonista da história 1, pode ser figurante na história 4, e é como acontece na nossa vida, na nossa vida nós sempre somos os protagonistas da nossa história e o outro é um figurante, por exemplo, um motoboy, mas na vida do motoboy que foi na nossa casa, nós somos os figurantes", explicou Manuela Dias.
"Acho que a gente está precisando muito ver o outro e entender que o outro não é uma função, é uma pessoa cheia de dramas, profunda, que nem a gente, com questões, sonhos e dificuldades, e isso é fundamental", seguiu a autora.
Por fim, Manuela Dias falou sobre a dificuldade em escrever a série após um hiato de oito anos sem novos conteúdos para a atração do Globoplay.
"Não me acostumo nunca, estou sempre me sentindo desafiada, é uma série muito difícil de escrever porque essa coisa do quebra-cabeças acaba demandando muita reescrita, às vezes eu estou no episódio 27 e tenho uma ideia que desmonta vários episódios atrás, mas é maravilhoso, acho que a gente tem fazer o nosso melhor", finalizou.
Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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