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'Desafiador'

Ricardo Ishmael conta detalhes de gravação do documentário do Ilê Aiyê

Ricardo Ishmael esteve no Marrocos registrando a turnê de cinquentenário do Ilê Aiyê para a produção de um documentário da TV Bahia

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Nathália Amorim

05/07/2024 às 6:00 - há XX semanas
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Em celebração aos 50 anos do Ilê Aiyê, a TV Bahia está preparando um documentário especial sobre o primeiro e maior grupo bloco afro do Brasil. O projeto estreia em novembro deste ano.


				
					Ricardo Ishmael conta detalhes de gravação do documentário do Ilê Aiyê
Ricardo Ishmael no Marrocos com o Ilê Aiyê. Foto: Arquivo Pessoal

O jornalista Ricardo Ishmael foi enviado para acompanhar a turnê, registrar e documentar cada passo da banda, os deslocamentos, as interações e trocas culturais que o Ilê passará nos países que visitar.

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Em um primeiro momento, os registros foram feitos na cidade de Essaouira, no Marrocos, durante o festival de Scène Moulay Hassan. No evento, além do Ilê Aiyê, marcaram presença representantes dos povos Gnaoua; o bailarino de dança flamenca Nino de Los Reyes; e o grupo costa-marfinense Compagnie Dumanlé.

Ao iBahia, Ricardo Ishmael contou com exclusividade alguns bastidores do documentário e o que o público pode esperar ver no projeto. "Em princípio, nós garantimos o início da turnê, porque é simbólico que seja na África, mas as trativas continuam, para quem sabe, a gente volte [em outro momento]. [...] Vamos ter tempo, talvez, de voltar no fechamento da turnê, quase em agosto", conta.

Ainda segundo o jornalista, desde antes Carnaval a equipe da TV Bahia vem acompanhando o Ilê Aiyê de perto, registrando momentos importantes e simbólicos do cinquentenário do grupo.


				
					Ricardo Ishmael conta detalhes de gravação do documentário do Ilê Aiyê
Ricardo Ishmael no Marrocos com o Ilê Aiyê. Foto: Arquivo Pessoal

O documentário vai falar sobre o momento atual do Ilê Aiyê como uma referência no mundo, mas também mergulhando na história do grupo, a partir de registros históricos dos arquivos.

"Começamos a gravar há bastante tempo, com a Noite da Beleza Negra, com a saída do Ilê, com os bastidores na Senzala do Barro Preto. Estamos colados com o Ilê desde antes do Carnaval. Para poder nesse cinquentenário falar do hoje, do momento atual, dessa turnê internacional, que de fato mostra como o Ilê é presente no mundo para além do Curuzu. Mas também mergulhando nos arquivos, em tudo que a gente tem do Ilê nesses 50 anos, e é muita coisa que a Rede Bahia tem", continua.

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O documentário, que ainda não teve o nome divulgado, está em fase de captação de imagens. Uma segunda etapa vai ocorrer em Salvador, com outras personalidades e estudiosos. "Então é a fase de captação de imagens e entrevistas, depois separação de tudo isso, decupagem e algumas outras gravações que vamos fazer em Salvador, com artistas também, outras personalidades, estudiosos, para o fechamento do documentário", conta ao iBahia.

Ricardo Ishmael fala sobre desafios do trabalho

Com 23 anos de TV Bahia, Ricardo Ishmael viajou para outro país a trabalho pela segunda vez. A primeira ocorreu em 2019, quando cobriu a canonização da Santa Dulce dos Pobres, que aconteceu no dia 13 de outubro de 2019, na Praça de São Pedro, no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco.


				
					Ricardo Ishmael conta detalhes de gravação do documentário do Ilê Aiyê
Ricardo Ishmael está no Marrocos registrando a turnê de cinquentenário do Ilê Ayiê para a produção de um documentário da TV Bahia. Foto: Arquivo Pessoal

Segundo o jornalista, o trabalho foi desafiador, em especial, devido à língua. "É um país de língua árabe, um país de língua muçulmana. Um país que ainda é resistente ao inglês, então a gente se comunica sobretudo em francês e na linguagem universal dos sorrisos e dos gestos. Embora seja um povo muito simpático, acolhedor, eles são muito primorosos com a sua língua. Então, temos aí a pequena barreira da língua, mas que não impede em nada o desempenho do trabalho", diz.

"É desafiador para mim, profissionalmente, mas também como pessoa. Eu sou viajante e gosto de me expor às culturas. Tem um ditado, que eu descobri no Marrocos, que traduzindo livremente para o português é: 'No Marrocos, vista-se como marroquino'. Nada mais é do que adapte-se a cultura, permita-se a essa cultura para que vocês possam explorar tudo o que o Marrocos tem a oferecer. Eu acho muito bonito isso e tem sido um aprendizado muito grande. Um aprendizado profissional, pela responsabilidade de você estar à frente de um produto documental, que é um filme que vai ficar para a posteridade, mas também uma gratidão muito grande", completa.

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