A jornalista com câncer demitida pelo SBT na última segunda-feira (6) tomou uma decisão após silêncio da emissora fundada por Silvio Santos (1930 - 2024) sobre o caso, mesmo depois da grande repercussão nas redes sociais.
De acordo com informações de Fábia Oliveira, do Metrópoles, a ex-produtora do jornal "SBT Brasil", que preferiu não se identificar, revelou não ter recebido nenhuma ligação da emissora, apesar de Daniela Beyruti, que é presidente do SBT, ter se pronunciado afirmando que iria checar a situação.
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“Ninguém me procurou [após a publicação da matéria]. Muitos colegas me ligaram prestando solidariedade, mas o diretor [de jornalismo, Leandro Cipoloni] não me procurou, nem o jurídico. Silêncio total”, explicou a mulher que não quis se identificar.
No Instagram, a filha de Silvio Santos se pronunciou afirmando que não estava sabendo do ocorrido. "Não estou sabendo disso. Vou investigar", escreveu nos comentários de uma publicação. Apesar disso, o SBT não se pronunciou de maneira oficial sobre a demissão.
Agora, a jornalista decidiu dar um novo passo no processo e vai entrar com um pedido de reintegração na Justiça, para retomar o convênio e o tratamento contra o câncer no cérebro.
“Meu advogado reuniu os documentos e deve entrar com um pedido de reintegração na Justiça. Hoje passamos o dia esperando um contato da TV… O Sindicato dos Jornalistas também pediu uma reunião com a TV e até agora nada. O Sindicato disse apenas que o canal está estudando como reverter o caso”, afirmou.
Jornalista com câncer demitida pelo SBT usa medicação de R$ 40 mil
A ex-funcionária do SBT foi contratada como produtora em 2017 e descobriu o câncer em 2019, desde então faz um tratamento contra a doença por meio do plano de saúde. O remédio que ela usa custa R$ 40 mil por mês e as despesas eram cobertas pelo convênio.
“O remédio deu certo. Meu câncer inicial foi pulmão, e minha metástase é cérebro. Esse remédio controlou a doença, ele atua para o câncer não crescer e espalhar. Perder o convênio, pra mim, é uma sentença de morte. Fiquei apavorada, sem o convênio não consigo continuar o tratamento”, explicou ela.
A lorbrena, remédio utilizado pela jornalista, não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ela, a emissora afirmou que seguiria pagando o convênio por apenas seis meses após a demissão, que ocorreu em janeiro.
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Lucas Mascarenhas
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