A atriz Jéssica Ellen, falou sobre o triângulo amoroso que sua primeira protagonista em novelas vai fazer parte. Com 15 anos de carreira e 32 de idade, a atriz será Madalena, o papel principal de "Volta por Cima", trama que substitui "Família é Tudo", novela das 19h da Globo. O triângulo será formado por ela, Fabrício Boliveira e Amaury Lorenzo.
"Pela primeira vez o triângulo amoroso vai ser de pessoas pretas e isso já é um motivo de celebração. Eu tô muito animada porque a trama tem muitos acontecimentos. Eu não posso dar muitos 'spoilers', mas estou muito feliz de estar à frente de um projeto falando de temas muito populares. A gente vai estar falando com uma classe que é quem movimenta o país. Então estar à frente disso num projeto é de uma responsabilidade muito grande, mas também muito feliz", comentou Jéssica Ellen no Festival Negritudes Globo, que chega pela primeira vez em Salvador.
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Em conversa com o iBahia, Jéssica também celebrou seu momento profissional e avaliou que se sente mais madura para viver seu primeiro papel de grande destaque na TV aberta. "Eu sempre sonhei protagonizar uma novela. A gente sabe que não é sobre talento. Eu sei que eu tenho muito talento, muito investimento na arte há muito tempo, só que para a gente as coisas ainda demoram um pouco. Mas eu acho a demora ajuda a gente a entender como funcionam as coisas, a se preparar de uma maneira mais madura. Então acho que eu tô bem centrada e podendo comunicar com um país inteiro, que é sempre um presente, uma responsabilidade. Estou muito feliz com o atual momento", completou.
Jéssica participou da mesa "Fé e narrativas", que abordou a espiritualidade como refúgio da alma, ao lado do pastor evangélico Kléber Lucas, da ativista e representante do Candomblé Ekedy Sinha e Padre Lázaro. Em parceria com a Rede Bahia, o Festival Negritudes acontece ao longo desta quinta-feira (18), na Casa Baluarte, e tem como objetivo celebrar e debater as narrativas negras do audiovisual.
"Esse tipo de evento que a Globo promove é muito importante, muito especial, pensando que a gente comunica diariamente com um país inteiro, né? Espero que seja a primeira de muitas outras edições e que as pessoas entendam e ampliam os seus olhares para Bahia, não só em épocas de festividade, mas reconhecendo que essa construção religiosa e espiritual é o berço do nosso país", destacou a atriz.
Ela ressaltou ainda sua relação ancestral com a Bahia. "Minha avó é baiana, eu tenho uma relação muito forte com a cidade. Tenho um sentimento ancestral mesmo. Faço parte do Ilê Axé Onixegum, que é comandado pelo pai Dario, uma casa que descente do Ilé Àṣẹ Ìyá Nasò Ọka, que é o Terreiro da Casa Branca, primeiro terreiro de candomblé fundado aqui, criado por três mulheres. Só de falar me arrepia! É de uma importância fundamental", falou.
A atriz comentou que leva essa espiritualidade em todos os seus trabalhos. "Toda vez que eu entro em cena, que eu penso que estou me comunicando com um país inteiro, eu penso que Exu tá comigo me ajudando a comunicar sempre a melhor forma. Seja através de cenas que a gente faz de denúncia, seja de racismo, de lugares que a gente ainda não ocupa, e também falando de autoestima, falando da nossa beleza, da nossa diversidade", acrescentou.
Jéssica é mãe de Máli Dayo, de 1 ano e seis meses, fruto do casamento com o ator baiano Dan Ferreira – de quem se separou em abril passado. Os dois ficaram juntos por cinco anos.
Na TV, ela fez Malhação (2012), Geração Brasil (2014), Totalmente Demais (2015), Justiça (2016), Filhos das Pátria (2017), Assédio (2018) e Amor de Mãe (2019), seu trabalho mais recente em novelas. Ela também esteve na série Vicky e a Musa (2024), do Globoplay.
Festival Negritudes Globo
As discussões do palco principal do Festival Negritudes estão sendo transmitidas ao vivo pelo g1 Bahia e Canal Futura, e de forma gratuita para usuários logados no Globoplay.
No total, o festival terá seis painéis, diversas ativações e oficinas. Toda a programação acontece em parceria com a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan).
O evento conta com as presenças dos cantores Larissa Luz e Tatau, o cineasta norte-americano Alrick Brown, além de escritores como Bárbara Carine, Elisa Lucinda e a influenciadora digital Tia Má. Eles vão participar de conversas sobre educação, fé, futuros reimaginados, saberes, resistência e música.
O Festival Negritudes faz parte da Agenda ESG da Globo, conjunto de práticas voltadas para preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial.
Em 2024, o evento já esteve no Rio de Janeiro e reuniu cerca de 2 mil pessoas no Galpão da Cidadania, além de contar com milhares de pessoas acompanhando ao vivo pelo Globoplay.
"Ver um evento que trata sobre as narrativas negras no audiovisual, ganhando musculatura, com três edições em único ano, nos enche de orgulho. Sabemos da importância da cidade de Salvador para a cultura afrobrasileira e realizar uma edição do Festival Negritudes Globo na cidade, mais do que simbólico, é um reconhecimento desse espaço que carrega tanta história", afirma Ronald Pessanha, líder do Negritudes Globo.
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