Ficar conectado o dia inteiro, jogar videogame por várias horas ou interagir constantemente nas redes sociais podem ser indícios de dependência digital. Nomeado de nomofobia, o problema tem tratamento gratuito e é oferecido pelo Instituto Delete, núcleo de pesquisa ligado à UFRJ, especializado em Detox Digital e uso consciente de tecnologia.
— As pessoas acham que o problema é a quantidade de tempo que ela passa conectada, mas a dependência não tem a ver com o quanto você usa, mas como você usa aquelas tecnologias — explica Eduardo Guedes, pesquisador e coordenador do instituto.
Nem todo mundo possui o mesmo nível de “relacionamento” com a tecnologia. Por conta disso foram criados três estágios: uso consciente, uso abusivo e uso abusivo dependente.
— A característica do primeiro é que o mundo virtual não atrapalha o real. Já o segundo, é quando o virtual atrapalha o real, o que hoje em dia acontece um pouco com todo mundo. Quem nunca mexeu no celular enquanto almoçava? Já o terceiro estágio é quando o virtual atrapalha o real e existe uma perda de controle — descreve Eduardo.
Para identificar se uma pessoa sofre ou não de nomofobia, é preciso analisar os sintomas que ela apresenta no momento de abstinência, ou seja, quando não está em contato com a tecnologia:
— Muitas vezes o indivíduo fica irritado, ansioso, triste, angustiado, agressivo. São os mesmos sintomas de uma dependência de alguma droga química — exemplifica.
Nem sempre o problema é identificado logo no começo.
— Em geral, a pessoa só percebe que precisa de ajuda quando está na abstinência e apresentam os sintomas, ou quando começa a ter conflitos na vida real, como brigas com parentes ou queda no rendimento escolar ou no trabalho — alerta.
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Redação iBahia
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