Ele não veio para ficar, mas promete fazer os próximos capítulos de “Pantanal” pegarem fogo.
A partir desta segunda-feira (05), o ator Rafa Sieg entra na trama como Solano, um matador contratado por Tenório (Murilo Benício) para acabar com José Leôncio (Marcos Palmeira) e seus filhos, além de Maria Bruaca (Isabel Teixeira) e Alcides (Juliano Cazarré).
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Mesmo vivendo um grande vilão, o artista, de 42 anos, acredita que o personagem é uma grande homenagem ao seu avô materno, Werner, morto em 2005. Ele era um grande fã da novela e, se estivesse vivo, faria aniversário hoje, no dia da estreia do neto.
Experiência com a primeira versão
— Aos 11 anos, fui morar na casa dos meus avós maternos por um ano. Lembro do meu avô sentado na frente da TV assistindo a “Pantanal”. Eu ficava vendo entre ele e minha avó no sofá. Hoje seria o aniversário dele e, quando lembrei, pensei em dedicar a ele o meu trabalho. Celebro muito isso — conta o ator.
Fortes emoções são esperadas com a chegada de Solano. Fingindo ser peão, o matador já vai chegar atirando em José Lucas (Irandhir Santos) hoje. A bala acerta em cheio o peito do peão, que, porém, não vai morrer. O filho de José Leôncio vai ser salvo pelo Velho do Rio (Osmar Prado).
— Solano vem contratado por Tenório e vai criar um tumulto. Tenório chegou no limite nas tentativas de resolver as confusões que criou e decide ser mais radical. Meu personagem chega disfarçado. Ele é um artista da morte — define Sieg.
O ator deixa claro que o matador profissional é tão mentiroso que até acredita nas histórias que inventa.
— Esse cara vai tão a fundo na sua loucura, que acredita no que conta. A ideia é que realmente a galera não ache que ele é um matador. Ele se mostra muito humilde, dedicado, de bom coração , se compromete com o trabalho. Mas está acostumado a mentir. Isso é tão assustador quanto os crimes que ele comete. Tem muita gente que mente com convicção, com fé mesmo e vai até as últimas consequências. É aí que vai pegar o público também. Todo mundo conhece alguém assim — aposta o artista.
A real motivação de Solano, porém, é só a grana que vai receber com as mortes.
— Ele tem discussões com Tenório, falando que foi para lá para fazer o serviço e não para ficar disfarçado de peão, lidando com o gado ou ouvindo os problemas pessoais dele. Quer resolver a questão, ganhar o dinheiro e ir embora logo — afirma.
Reviravolta para Tenório
]No entanto, o feitiço vai virar contra o feiticeiro na novela. Apesar de contratar o matador para acabar com os Lêoncio, Tenório vai ver sua família virar alvo de Solano. Roberto (Cauê Campos) acabará sendo a única vítima fatal do pistoleiro. O assassino se sente ameaçado pelo filho do grileiro e o afoga nas águas do rio.
— Roberto ameaça o plano de Solano, com a quantidade de informações que junta. Ele acaba criando um problema para meu personagem, que mata o menino. Não está nos planos dele assassiná-lo, mas também não é uma questão para ele, que é um criminoso. Como ele está acostumado com mentiras, inventa uma história para Tenório, que o rapaz foi comido pela sucuri — explica o ator, que já viu um trecho da sequência em que Roberto morre: — Quando a gente fez, não me abalou. Mas, quando eu vi a cena pronta, achei muito emocionante. A morte dele é muito triste mesmo.
Mas Solano recebe de volta o mal que causa. Depois de atentar contra José Lucas e Roberto, ele vai morrer pelas mãos de Juma (Alanis Guillen). A moça se transformará em onça para acabar com o cruel matador.
— Quando o personagem chega no seu limite, ele se confronta com a própria força da natureza, que é representada na novela pelo Velho do Rio (Osmar Prado) e por Juma. Ele é devorado por essas duas energias — reflete o ator, que completa: — O Velho envolve Solano de uma maneira que ele fica caçando esse personagem durante um tempo e se perde na mata. Ele acaba dando uma surtada, e a temperatura sobe. O que Juma faz com ele também é uma consequência disso. Fico feliz de fazer parte do detonador disso.
Entre o ódio e o amor
Apesar de ter, no dia a dia, uma aparência bem diferente da do personagem, Sieg torce para que o público o reconheça nas ruas. Ele, inclusive, não se importa com a possibilidade de ser odiado pelos telespectadores. Mas também deseja interpretar personagens mais “bonzinhos”.
— Quando a gente faz um vilão, quer que ele seja odiado mesmo. Espero que tenha esse reconhecimento e eu seja confrontado. Tenho cara de bonzinho, mas acabo sendo escalado bastante para fazer vilões. Também ando querendo falar de amor. Às vezes, como ator, a gente precisa de um carinho também!
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Agência O Globo
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