O drama dos refugiados, cenas impactantes nos primeiros capítulos e a química entre os protagonistas logo renderam elogios a “Órfãos da terra” e uma opinião quase unânime: poderia ser uma novela das 21h. Nesta sexta, a trama das seis soprou a velinha do capítulo 100. E a admiração do público e da crítica é a mesma.
— Colocar a questão do refúgio na mesa, na pauta do dia a dia do público, provocando empatia, era um desafio pra gente. Estamos felizes com o resultado. O horário das seis faz com que tratemos esse assunto e todas as tramas da novela de forma mais leve, suave, mas está posto. A dedicação e o compromisso, independentemente do horário em que a novela vai ao ar, são os mesmos pra gente — afirma Duca Rachid, que divide a autoria com Thelma Guedes.
As autoras são conhecidas por não economizarem nos desfechos da história. Aziz (Herson Capri), por exemplo, foi o grande vilão da primeira fase e morreu para revirar tudo. A questão é que três anos se passaram na ficção, e a investigação do assassinato ficou de lado.
— Aziz precisava morrer para dar espaço a Dalila (Alice Wegmann). Os dois personagens tinham a mesma função dramática. Esse vilão, brilhantemente defendido por Herson Capri, deixou “uma semente do mal” que permitiu à história seguir adiante. O mistério sobre sua morte não está suspenso. Ele será retomado em breve e envolverá vários personagens — adianta Thelma.
Enquanto o “quem matou?” não anda, a filha do sheik desenhou seu plano de vingança. Fingiu ser a boazinha Basma e preferiu afetar primeiro as pessoas que rodeavam Laila (Julia Dalavia) e Jamil (Renato Góes), em vez de atacá-los diretamente. Ansioso, o público reclamou da falta de movimentação da história.
— As redes sociais estão influenciando a maneira como as pessoas percebem as narrativas. É natural que haja uma progressão dramática, para se fazer uma virada na história. Dalila veio ao Brasil e, como uma jogadora, foi preparando o “bote”, fragilizando suas presas, até atingir seu alvo — defende Duca.
O marasmo acabou assim que a vilã mostrou quem realmente é. E a vontade de maratonar a novela vai continuar: como adiantou a Telinha, nos próximos capítulos saberemos que Dalila é a responsável pelo assassinato de Paul (Carmo Dalla Vecchia) e ela vai usar o truque de uma gravidez para afastar cada vez mais os mocinhos.
Nesta reta final da trama, mais do que nunca, Laila vai precisar mostrar sua força. — Ela foi combativa desde o princípio. E vai lutar pelo seu amor e pelo seu filho até o fim, protegendo-se contra Dalila — entrega Thelma.
Outros núcleos ganham fôlego
Em “Órfãos da terra”, o público tem tido garantias de boas risadas com as idas e vindas sentimentais do núcleo de Ali (Mouhamed Harfouch), Sara (Verônica Debom), Abner (Marcelo Médici) e companhia.
— Além dos grandes atores desse núcleo, a gente acredita que as várias tramas geraram identificação com o público. São encontros e desencontros, histórias de amor com desfecho feliz, como no caso de Ali e Sara. Teve ainda a chegada de Latifa (Luana Martau) e de seu irmão Omar (Miguel Nader), que são falsos árabes e estão tentando dar o golpe… Talvez, o tal “segredo do sucesso” seja a humanidade desses personagens — atesta Thelma.
Para quem está mais ansioso por spoiler, outra trama paralela ganhará destaque: o triângulo amoroso entre Missade (Ana Cecília Costa), Elias (Marco Ricca) e Helena (Carol Castro) vai ter novas pontas.
— Missade é uma personagem que vai se transformar muito: de uma mulher submissa e inadaptada, a uma mulher independente e empoderada. Já Elias vai sofrer muito tentando reconquistar o coração da ex. Será que ele vai conseguir? Já Helena, finalmente, vai encontrar o amor. Não vamos dizer se será com o personagem de Marco Ricca ou com outro homem. Melhor aguardar! — faz suspense Duca.
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Redação iBahia
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