Os finais de novela são momentos aguardados com grande expectativa pelos telespectadores. Esses desfechos são capazes de despertar uma série de emoções, desde a satisfação até a surpresa, e costumam gerar intensas discussões e análises entre os fãs da trama. Fuzuê foi um exemplo disso. A trama encerrou na sexta-feira (1º).
Na prática, o público investe tempo e energia acompanhando os personagens, seus dramas e reviravoltas ao longo de semanas, meses ou até mesmo anos. Durante esse período, cria-se uma conexão emocional com a história, e os telespectadores tornam-se parte do universo ficcional, torcendo por alguns personagens, odiando outros e criando teorias sobre o desfecho final.
Leia também:
A expectativa em torno dos finais de novela muitas vezes se deve ao desejo de ver os personagens alcançando a felicidade ou enfrentando as consequências de suas ações. Os enredos costumam ser elaborados com tramas intrincadas e subtramas, e o desfecho é o momento em que tudo se entrelaça e se resolve.
Depois de falar tudo isso, chegou o momento de apresentar para vocês o balanço final de Fuzuê, afinal, funcionou ou não funcionou. ‘Fuzuê’ foi uma trama criada e escrita por Gustavo Reiz, com direção artística de Fabricio Mamberti.
Leia mais
- 'Cheias de Charme' é um sucesso, mas não foi inovadora
- 'Terra e Paixão': a colheita mais demorada da história
- Maratona de Emoções: as melhores novelas para relaxar durante a folga
Começo e mudanças de Fuzuê
Fuzuê vai terminar muito diferente de como começou. Após a audiência não reagir, mudanças e ajustes foram realizados com a expectativa da audiência se reerguer e ser um sucesso igual ou superior à antecessora, “Vai Na Fé”, escrita por Rosane Svartman.
A novela que começou com foco na comédia, romance e mistério, passou a focar no drama e aventura.
Minha opinião é que um dos grandes problemas de Fuzuê no começo foram os exagerados na história, como: personagens fora do tom e longe de ser uma trama solar como as anteriores.
Destaques
O grande chamariz de “Fuzuê” foi o elenco: Olívia Araújo brilhou em todos os momentos com a cantora Maria Navalha. Depois de Xaviera em Mar do Sertão, Giovana Cordeiro (Luna) mostrou mais uma vez que é uma atriz potente e preparada para novos desafios.
Ainda que tenha demorado para eu gostar da vilã Preciosa, não podemos negar que Marina Ruy Barbosa se saiu super bem no papel. Outros nomes como Heslaine Vieira (Soraya), Micael Borges (Jeferson), Zezeh Barbosa (Gláucia), Fernanda Rodrigues (Alicia), Hilton Cobra (Cata Ouro) e todo o elenco foram um grande acerto.
Estreia de Fuzuê
A primeira novela escrita por Gustavo Reiz, foi ao ar no ano de 2005 no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), mas foi “Fuzuê” seu primeiro trabalho na TV Globo. O autor demonstrou competência e muito talento com o texto, além de demonstrar que de fato é um autor que ama o que faz.
Fuzuê além de trazer referências de outras tramas da Globo, ainda conseguiu ser uma novela de qualidade mesmo sendo necessário fazer adaptações ao longo da história.
Novelas de qualidade não apenas entretêm, mas também oferecem uma oportunidade para a reflexão. Elas abordam questões sociais relevantes, como diversidade, inclusão, igualdade de gênero e justiça, contribuindo para a conscientização do público sobre temas importantes e Fuzuê conseguiu fazer isso muito bem.
Vilões
Os mistérios de “Fuzuê” contou com muitos vilões para serem sustentados: Deputado Heitor (Felipe Simas), Pascoal Garcia (Juliano Cazarré), César Montebello (Leopoldo Pacheco), Rui Sodré (Pedro Carvalho), Preciosa (Marina Ruy Barbosa.
No grupo de vilões o grande destaque foi o personagem Merreca interpretado por Ruan Aguiar. Desde o começo o ator se demonstrou potente e muito afiado com o texto e com o perfil do personagem.
Já a grande decepção e falo grande porque a personagem foi vendida com uma vilã potente foi Olívia de Castro, vivida pela carioca Jessica Cores. Na história era ex-namorada do protagonista Miguel (Nicolas Prattes), que veio de Portugal para dar o golpe da barriga no herdeiro da loja “Fuzuê”. Ela foi apagada da história muitas vezes a ponto de deixar a trama e a sua personagem não fazer muita diferença. Uma pena, pois a atriz estava incrivelmente bem com a personagem.
E Agora?
Fuzuê teve destaques também na trilha-sonora, que contou com nomes como a baiana Rachel Reis com a música “Maresia”, Jão e Anitta com a música “Pilantra” e Michel Teló com a música homônima de abertura.
Os finais de novela muitas vezes refletem valores culturais e sociais, abordando questões relevantes para a audiência. Podem transmitir mensagens sobre amor, superação, justiça e outros temas que ressoam na sociedade.
No entanto, é comum também que os finais surpreendam, indo além das expectativas do público. Reviravoltas inesperadas, revelações impactantes e desfechos não convencionais contribuem para a imprevisibilidade e mantêm o interesse do espectador até o último momento.
Independentemente do desfecho escolhido, os finais de novela são momentos emblemáticos na cultura televisiva. Eles marcam o encerramento de uma jornada emocional para os telespectadores, que muitas vezes guardam na memória essas histórias que cativaram suas noites durante um período significativo.
Fuzuê será substituída por ‘Família é Tudo’, uma novela criada por Daniel Ortiz e escrita por Ortiz com Flavia Bessone, Nilton Braga, Daisy Chaves e Claudio Lisboa. Com direção artística de Fred Mayrink e direção de Felipe Louzada, Mariana Richard, Augusto Lana e Naína de Paula.
David Cardoso / Tô certo ou tô errado?
David Cardoso / Tô certo ou tô errado?
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!