Após José Lucas (Irandhir Santos) quase ser morto pela onça Marruá ao ameaçar Juma (Alanis Guillen), ele se sente culpado, deslocado e incapaz de reverter o que sente pela moça, mesmo sabendo que ela se casará com seu irmão Jove (Jesuíta Barbosa). Em cenas que vão ao ar a partir desta terça-feira (12) ele chega a dizer a José Leôncio (Marcos Palmeira) que quer ir embora, compartilhando a razão de sua decisão. Mas seu pai o convence a ficar até encontrarem juntos uma solução para este tormento.
E quem contribui para resolver esta situação é, ele, claro, um dos guardiões do Pantanal: Eugênio (Almir Sater). Pois é em sua chalana que embarca Érica (Marcela Fetter), uma jornalista que já percorreu quase todo o Pantanal a fim de registrar os desafios pelos quais passa o bioma.
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Sua última parada é ali, justamente onde fica a fazenda de José Leôncio, de quem ela já ouviu falar muito, mas não tem curiosidade em conhecer, por acreditar ser ele mais um pecuarista, como tantos outros que já entrevistou.
O destino, contudo, vai contra sua vontade. Ela chega ao porto sem paradeiro e se depara com os peões do fazendeiro. Acaba pedindo pouso na fazenda e é lá que conhece José Lucas de Nada (Irandhir Santos). E se transforma no motivo que ele busca para ficar.
Confira a entrevista com Marcela Fetter:
Quem é Érica? O que ela foi fazer no Pantanal?
Érica é uma jornalista, paulistana, filha de um deputado federal. Mulher cheia de vida, mega curiosa, interessada pela vida, que vai até o Pantanal pra fazer uma matéria sobre sustentabilidade, e ver de perto o real cenário do Pantanal. Mas mais do que isso, é surpreendida pela magia daquele lugar, se tornando algo muito mais profundo de autoconhecimento, conexão com sua essência e leveza pura. Uma realidade completamente diferente da sua.
Érica chega muito curiosa, mas também já muito consciente sobre o Pantanal por toda viagem que teve até ali. Como foi para você gravar no Pantanal? Que artifícios usou para demonstrar essa intimidade e ao mesmo tempo esse fascínio pelo local?
É da natureza da Érica essa curiosidade. Ela questiona, se interessa, pergunta, quer saber o porquê de tudo. Quando comecei a prepará-la, estudei muito sobre todas essas questões que ela trazia com tanta propriedade, sobre o garimpo e como ele afeta todas essas regiões do Pantanal, os rios que estão cada vez mais contaminados por mercúrio, as queimadas... Eu mergulhei em documentários, vídeos, entrevistas, pra poder me abastecer ao máximo de tudo isso que ela já dominava dentro dela. E todo o fascínio de quando ela chega na fazenda do Zé Leôncio, eu deixei pra sentir e viver quando chegasse no Pantanal para as gravações, e foi imediato o fascínio da Marcela atriz também, aquele lugar é muito mágico, com uma energia muito especial.
Você já tinha ido ao Pantanal? O que achou?
Eu nunca tinha ido ao Pantanal. Em todas as minhas viagens eu vou em busca de me conectar mais com a natureza. Mas nada se compara ao que vivi e vi no Pantanal, é uma quantidade de vida que nunca tinha visto antes. Eu andava a cavalo, com a companhia de araras azuis voando lindamente, olhava pro lado tinha uma família de capivara, para o outro tamanduá bandeira, porto monteiro.. entrávamos no Rio com os jacarés a meio metro de distância, e tudo bem pra eles e pra gente (risos). Foi uma experiência muito surreal e inesquecível na minha vida.
Como foi chegar numa obra onde todos já estão no ar há alguns meses? Isso muda de alguma forma seu trabalho?
Foi com certeza um desafio. Fazer minha primeira novela, em uma obra de relevância histórica como Pantanal já não é uma coisa simples, entrar no capítulo 100 então, você potencializa isso, ainda mais no meio de tantos atores consagrados, imagina a responsabilidade e atenção. Mas tive muita sorte de começar minhas gravações no Pantanal, ficamos um mês acordando, tomando café da manhã, almoçando, gravando, jantando, assistindo novela todos juntos, com isso criei uma conexão e intimidade com cada um. Todos, sem exceção, me receberam de braços abertos com muita força, amor e carinho e rapidamente me senti fazendo parte dessa grande família.
O que Érica sente por José Lucas? Ela chega como uma salvação pra ele, mas seria ele também uma salvação pra ela?
Não tenho dúvidas. Estamos construindo uma história muito linda desse envolvimento dos dois, com muita leveza, alegria e muito amor. Os dois se sentem muito a vontade em todos os momentos que estão juntos. Érica chega como um sopro na vida do Zé Lucas, e Zé Lucas chega como uma ventania na vida da Erica, que faz ela repensar e muito, certas convicções, certezas que ela tinha e não tem mais, qual caminho realmente ela quer seguir, no que ela acredita e quer levar pra vida... e junto com isso traz muita coragem pra ela tomar suas próprias decisões. Ela sente uma paixão avassaladora por esse cara tão intrigante e diferente da realidade dela, que faz ela enxergar o mundo por outro ângulo. Ela se sente viva com a presença dele.
Como estão sendo as gravações?
Começar minhas gravações no Pantanal foi a melhor coisa que podia ter acontecido. Todos os dias que estava lá, eu estava me nutrindo, vivendo exatamente a experiência que a Érica vive nessa história, encantada com tudo e todos e agora voltar num ritmo mais frenético que é estúdio, é muito mais fácil pra eu me conectar e acessar todos esses elementos e influências que eu vivi lá. Com certeza fez muita diferença no meu trabalho e na construção da Érica.
Algo a destacar dos bastidores da gravação?
Sim. A atmosfera e o acolhimento que tive de todo elenco, direção e produção. A forma como fui recebida eu nunca vou esquecer, foi fundamental pra mim, pra minha confiança, sobretudo o Irandhir, que estou mais próxima pelas nossas cenas, e que foi de uma generosidade absurda, um aprendizado que vou carregar pro resto da minha vida, criamos uma conexão muito especial. Falo que ganhei dois presentes de Deus, fazer Pantanal e ter o Irandhir como parceiro. Então é muito gratidão mesmo.
'Pantanal’ é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard, Cristiano Marques e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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Redação iBahia
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