Na próxima segunda-feira (20), começa ‘Amor Perfeito’, a nova novela das seis. O baiano Elísio Lopes Jr. falou sobre as emoções e tramas que prometem fazer da cidade fictícia de Águas de São Jacinto um lugar onde o mais sublime dos sentimentos transborda em suas variadas formas.
Natural de Salvador, Elísio é roteirista, dramaturgo e diretor artístico, com atuação em teatro, televisão e cinema. Tem em seu currículo mais de 30 textos teatrais montados no Brasil, entre eles, o musical “Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro” (2019) e o drama “Liberté” (2022).
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No cinema é um dos roteiristas de “Medida Provisória” (2020) e “Ó paí ó 2”, com estreia prevista para 2023. Na TV Globo, assinou a redação final do programa 'Lazinho com você' (2017) e roteiros de programas como ‘Esquenta’ (2011). No Canal Brasil, assinou também roteiros do programa ‘Espelho’ (2005).
Fez consultoria para os roteiros das séries 'Filhos da Pátria' (2017), de Bruno Mazzeo, e 'Fim', de Fernanda Torres. Assinou ainda o roteiro da série ficcional 'Papo de Moleque’ (2013), na TV Brasil. Na literatura tem três livros publicados: “Carne Fraca” (1998), “Trilogia da Noite” (2017) e “Monocontos - Histórias para ler e encenar” (2021). Confira abaixo a entrevista:
O que você destacaria como diferencial dessa novela?
Elisio - A gente tem um desejo, sempre que está escrevendo, de que a novela seja brasileira. É uma história universal que trata de fé, trata de amor de mãe e filho, mas ela está sempre contada no Brasil e num dos “ brasis" que não foi muito visto, principalmente nessa época e nesse tempo. Trazer essa história para esse universo de um Brasil de época, que ainda não é tão conhecido pelo espectador, gera, inclusive, uma inversão de expectativa de alguma forma. Você espera ver as pessoas num enquadramento, numa forma, e elas vão vir com outras cores, com outras formas, com sotaque, contando essa história de um jeito que ainda não é tão comum.
Em ‘Amor Perfeito’ teremos um núcleo cômico ou isso vai passear por diversos personagens?
Elisio - A Ione (Carol Badra) acaba indo para o lirismo também, isso responde um pouco da questão da brasilidade. A gente é um povo que tropeça e ri de si mesmo, levanta e vai. Esse humor está espalhado na novela, uma hora você está rindo, outra hora chorando, aí você se emociona e você se aborrece. Não vejo o humor num lugar só. Até os vilões têm cenas engraçadas.
O que significa pra você estar nesse projeto? Quais as expectativas?
Elísio - A Duca [Rachid, também autora da novela] foi a minha supervisora numa série que eu estava escrevendo ano passado e, quando a gente começou a trabalhar juntos, não parecia trabalho. A gente trocava muito no processo, foi algo tão fluido e tão amoroso, eu me senti muito livre para criar e colocar as minhas ideias.
E aí ela me chamou para a novela, eu não conhecia o Júlio ainda. No finalzinho de março de 2022 a gente começou a se encontrar, e de sábado para domingo, quando temos a lacuna dos encontros, eu sinto uma falta. Eu me emociono muito com isso porque eu tenho uma reverência muito grande por quem veio antes, isso não tem preço.
O Júlio é um poço de conteúdos, cada lugar que você puxa ele traz uma referência, sempre tem uma coisa para te agregar. E a Duca tem uma mão de te puxar de onde está e te colocar mais para cima, que é sobrenatural. Eu me sinto num lugar de aprendizado, com muito respeito, que não é tão simples de encontrar.
Redação iBahia
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