Afrânio (Antônio Fagundes) vai se voltar contra Carlos (Marcelo Serrado) em "Velho Chico". Certo de que o deputado matou Martim (Lee Taylor), o coronel o procura e atira no genro. Santo (Domingos Montagner) decide entregar a Afrânio as fotos que o dono da pousada deixou na casa de Bento (Irandhir Santos). O coronel procura Carlos, dá logo um tiro para o alto e pergunta o que ele fez a Martim. O deputado se assusta e Afrânio lhe dá uma violenta coronhada e o suspende pelo colarinho, mirando seus olhos. "Não atirei em Martim... pelo amor de Deus... ele pode ser um maluco, mas Martim e eu somos quase... quase como irmãos!", responde.
Afrânio atira Carlos ao chão e aponta a arma para ele outra vez, com sangue nos olhos: "É a última vez que pergunto Carlos: cadê meu filho?!?". Carlos se levanta, um pouco dono de si. "Baixe essa arma, coronel... o senhor não vê o papel que está representando? O senhor está nervoso com isso. Todos estamos, eu também estou. Mas sei que o senhor não vai atirar... então é melhor acabar com essa farsa...", diz.
Afrânio aperta o gatilho e ouve-se o estampido. Carlos está lívido. Demora a abrir os olhos e se deparar com o tiro cravado a poucos dedos de sua cabeça. "Meu Deus! O senhor enlouqueceu? O que é isso?", pergunta o deputado. Afrânio joga as fotos sobre Carlos. "O começo do inferno que vai sê tua vida se não dissé onde tá meu filho!", diz. Carlos sente um frio correr a espinha. Maquina o que pode na velocidade do pensamento e pergunta quem deu isso a ele. "Não interessa quem deu. O que interessa é que são as últimas foto de Martim!", responde.
Carlos dissimula: "Quem lhe disse que foi Martim que fotografou? Foi ele que lhe mandou? Foi ele quem disse?". Afrânio se irrita, pergunta onde está o filho e Carlos se assusta. "Não sei! Essa foto pode ter sido tirada por qualquer um, coronel... e, se foi tirada por Martim, é bom mesmo que ele não apareça... pra mim e pro senhor também!", diz. Num me tente Carlos Eduardo...", diz Afrânio, com ódio. Carlos tenta dissimular o medo. " O senhor está sendo manobrado por alguém que tirou essa foto... Se isso vier a público...", responde o deputado. Afrânio deita a mira em Carlos outra vez: "Fale a verdade ou num diga mais uma palavra!". Carlos, então, o enfrenta: "O senhor não vai atirar".
Afrânio fala que já atirou uma vez. "O senhor não é um assassino, coronel. Eu lhe conheço, o senhor se conhece", diz. Os olhos de Afrânio dizem o contrário e Carlos, se borra. "Se algo aconteceu a Martim não fui eu! Isso foi intriga, querem destruir nossa relação, o senhor não vê? Já até imagino quem esteja... O senhor pode até me matar, mas não vai me fazer falar o que não sei. Pelo amor de Deus! Não seria capaz de uma barbaridade dessa, não contra nossa família...", implora Carlos. Afrânio reflete um segundo e guarda o revólver. Toma Carlos com firmeza, o espremendo contra a parede. "Vô procurá Martim até encontrá. E, se num encontrá volto aqui pra lhe matá! Vai sê a única morte que vô carregá nas costas. Só que dessa eu num vô me arrependê!", diz o coronel, que lhe desfere um violento golpe na região do fígado, deixando Carlos desabar agonizando no chão.
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Redação iBahia
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