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Descriminalização

Tierry, Gil, Xênia e mais: baianos que já assumiram o uso da maconha

Artistas baianos expõem como foram as experiências com a maconha

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Isadora Gomes

17/07/2024 às 15:10 • Atualizada em 17/07/2024 às 15:36 - há XX semanas
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Nos últimos anos, o debate sobre o uso da maconha ganhou cada vez mais espaço, e o tema movimentou o país após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre descriminalização do porte de maconha para consumo próprio. Apesar de ainda ser um tabu para algumas pessoas, muita gente não tem medo de expor que fuma ou já fumou na vida. Na Bahia, alguns artistas como Tierry, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Xênia França já assumiram abertamente o uso da maconha.


				
					Tierry, Gil, Xênia e mais: baianos que já assumiram o uso da maconha
Relembre baianos que já assumiram o uso da maconha. ​Foto: Reprodução Redes Sociais

Relembre baianos que já assumiram o uso de maconha:

Tierry


				
					Tierry, Gil, Xênia e mais: baianos que já assumiram o uso da maconha
TIerry relembra experiência com a maconha. Foto: Reprodução/ Instagram

O cantor e compositor Tierry, conhecido por seus sucessos no cenário do arrocha e sertanejo, não esconde seu posicionamento sobre o uso da maconha. Em entrevistas, ele já mencionou que já teve experiências com a erva quando estava com depressão, e a vê como uma forma de relaxamento.

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“Eu sou um cara caretaço. A única coisa que uso, de vez em quando, é maconha. É terapêutico para mim porque eu tive depressão um tempo, e comecei a fumar. Comprei um beckzinho (sic), pedi para meu produtor fazer para mim e dei uma acalmada. Mas teve uma hora em que parei de usar e está lá até hoje. Tem um meu amigo meu que é médico me passou o óleo da cannabis”, contou ele em entrevista ao podcast ‘Ticaracatica Cast’.

Tierry ainda contou que o uso da maconha, não tem sido mais tão comum em sua rotina. “Não preciso usar alguma coisa para poder compor”, disse ele sobre o processo criativo com drogas.

Gilberto Gil


				
					Tierry, Gil, Xênia e mais: baianos que já assumiram o uso da maconha
Gilberto Gil assumiu que fuma maconha diariamente. Foto: Reprodução/Multishow

Mesmo aos 82 anos, o cantor Gilberto Gil revelou que o usa maconha diariamente, mas precisou reduzir a frequência devido aos esforços “físicos e mentais” que a cannabis exige. A primeira experiência com a maconha foi na juventude, ele já contou também que usou outras drogas para se integrar aos grupos sociais dos quais fazia parte.

Em uma entrevista a revista Breeza, especializada no universo da cannabis, o cantor admitiu que atualmente sente cansaço ao usar maconha, mas mesmo assim não abandonou, utilizando em momentos específicos, inclusive no cotidiano. “É cada vez menos frequente”, revelou Gil.

Gilberto Gil sempre falou abertamente sobre o uso de maconha em diversas entrevistas ao longo dos anos, incluindo sua participação em eventos e discussões sobre a descriminalização. Quando era ministro da Cultura no governo Lula, Gilberto Gil defendeu a descriminalização das drogas e durante um debate promovido pela "Folha de S.Paulo".

Xênia França


				
					Tierry, Gil, Xênia e mais: baianos que já assumiram o uso da maconha
Xênia França explica sua relação com a maconha. Foto: Mad Sound

A cantora e compositora baiana Xênia França também cedeu uma entrevista ao Breeza e contou a experiência pessoal com o uso da maconha e outras drogas. Explicou que apesar de estar aberta a e já ter tido curiosidade sobre a maconha, ela não é usuária da erva.

“Não por moralismo, mas porque eu fico rouca.” Esse efeito na voz da cantora depois de fumar acontecia também depois de usar o óleo. Xênia fica rouca com cannabis, independentemente da via de uso. “Deve ser alguma substância que tem na planta, ou o fato de eu sempre rir muito quando uso maconha”, diz ao fazer essa associação pela primeira vez.

Luiz Caldas


				
					Tierry, Gil, Xênia e mais: baianos que já assumiram o uso da maconha
Luiz Caldas já assumiu usos de maconha. Max Haack/Ag.Haack

O cantor Luiz Caldas também já assumiu abertamente o uso da planta. Em entrevistas, o artista explicou o porquê usa e a opinião do uso da maconha comparado a outras drogas.

“Me deixa tranquilo, totalmente diferente do que os leigos acham. Porque é uma planta, não considero droga. É uma hipocrisia gigante fazerem propaganda de álcool e condenarem a maconha. A pessoa que bebe fica agressiva. Nunca vi um maconheiro deitado na sarjeta” afirmou o cantor em entrevista ao jornal O Globo.

Igor Kannário


				
					Tierry, Gil, Xênia e mais: baianos que já assumiram o uso da maconha
Relembre baianos que já assumiram o uso da maconha. ​Foto: Reprodução / Redes sociais

O cantor de pagode Igor Kannário é muito conhecido por defender da legalização da maconha e utilizar a erva. O baiano já chegou até tatuar a planta no pescoço.

Em 2015, o cantor chegou a ser preso pela Polícia Militar portando a droga, o cantor explicou em algumas entrevistas que a quantidade era mínima."Era um cigarro de maconha pequeno. Muito pouco para prender alguém", disse.

Em entrevista ao Bargunça Podcast, o cantor revelou que a maconha o tirou da abstinência da cocaína.“Eu fumo para produzir, para compor, para criar. A maconha me tirou de toda abstinência da cocaína que eu já cheirei um dia na minha vida”, afirmou o artista.

ÀTTØØXXÁ


				
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Relembre baianos que já assumiram o uso da maconha. ​Foto: Reprodução / Redes sociais

A banda baiana que mistura pagodão com música eletrônica, tem alguns membros que também já assumiram uso de maconha nas redes sociais. Os integrantes Oz, Raoni e Leu já compartilharam fotos e momentos juntos em que estão acompanhados da erva.

Caetano Veloso


				
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Caetano Veloso conta experiência com a maconha. Lucas Leawry / Hicontent

Outro artista baiano que também sempre se posicionou sobre o uso de maconha no Brasil foi Caetano Veloso. O cantor já defendeu em entrevistas e bate-papos a liberação não só da maconha, mas de outras drogas no país.

Em um vídeo compartilhado por Paula Lavigne, esposa de Caetano, eles conversam sobre o uso da maconha e o cantor conta a experiência que teve com a erva nos anos. “Você fuma maconha, Caetano?", questiona Paula. "Não! Deus me livre! Tenho horror à maconha. A sensação que me provoca é péssima. Experimentei nos anos 60 e odiei, detestei", responde ele.

"Mas eu sou a favor da liberação e da legalização da maconha, aliás, de todas as drogas", continua. "De todas?", pergunta a mulher "Sim, de todas. Porque acho que legalizar, com imposto... Isso precisa de um amadurecimento da sociedade, eu até entendo", continua o cantor. "Mas tem que tirar a maconha das drogas pesadas..." pondera Paula. E Caetano concorda: "É um bom começo a maconha sair das drogas pesadas, e passar a ser legal, sendo que o álcool é uma droga pesada e é legal".

Uso de maconha continua proibido no Brasil

Apesar do uso por muitos brasileiros e das diversas discussões e debates sobre a droga no país, após nove anos de sucessivas interrupções, o Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou no dia 26 de julho de 2024 o julgamento sobre a descriminalização com 6 votos a 3.

Os ministros decidiram que o porte de maconha para uso pessoal não é crime e fica estabelecido em 40 gramas, mas isso não significa que o consumo foi legalizado.

A mudança é que o uso de maconha deixa de ser um delito penal e passa a ser considerado um ato ilícito sujeito a sanções administrativas, como medidas educativas e advertência.

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