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Festival Liberatum

'Se a narrativa está na nossa mão, a gente tem poder', diz Taís Araujo

Atriz falou sobre a importância das mudanças que tem acontecido na luta racial e de como o movimento depende dessa narrativa para novos avanços

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Alan Oliveira e Lucas Sales

03/11/2023 às 16:26 • Atualizada em 05/11/2023 às 9:16 - há XX semanas
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Taís Araujo chamou atenção para a importância da representatividade e do empoderamento para a manutenção das conquistas do movimento negro, nesta sexta-feira (3).


				
					'Se a narrativa está na nossa mão, a gente tem poder', diz Taís Araujo
Taís Araujo foi uma das convidadas do Festival Liberatum em Salvador. Foto: Lucas Sales/iBahia

Em conversa com a imprensa, na chegada ao Festival Liberatum, que acontece até a segunda-feira (6) em Salvador, a atriz explicou que é preciso ter domínio da narrativa para novos avanços na luta racial. Assista abaixo:

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"A gente está vendo sim uma mudança. A gente precisa agora é que: 'Legal, as mudanças estão acontecendo... agora para onde a gente quer ir? Como é que a gente quer ser visto?'. A gente quer contar as nossas histórias, a gente cansou das nossas histórias serem contadas do ponto de vista do outro. A gente quer contar a nossa história com o nosso poder de traduzir o que a gente sente. Como a população negra quer ser vista? Acho que, se a narrativa está na nossa mão, a gente tem o poder".

Vídeo: Lucas Sales/iBahia

Taís também pontuou que esse papel não é necessariamente da população negra, já que quem domina os meios de comunicação e econômicos geralmente não são representantes do movimento.

"A gente pegando essa narrativa para a gente, a gente de fato tem um poder muito importante. Não só a população negra. Essa não é uma responsabilidade nossa. Quem tem são os que tem os meios de comunicação nas mãos. São os grandes responsáveis de como a população negra é vista hoje no Brasil. Então, como a gente vai reconstruir esse imaginário sobre a população negra. Acho que um festival como esse serve muito para discutir como é que a gente quer ser retratado, como a gente quer ser mostrado".

A atriz ainda ressaltou a força do Ilê Aiyê nessa construção. A sede da entidade, que foi o primeiro bloco afro do Brasil e atua no movimento até hoje, foi visitada por Taís na quinta-feira (2), em uma experiência única, ao lado de Angela Bassett e outras potências nacionais e internacionais.

"O Ilê está nessa luta há muito mais tempo que eu. O Ilê é mais antigo que a minha existência aqui. A gente quer começar a ver as mudanças que eles plantaram 49 anos atrás".

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