Era uma vez... Um casal que na primeira cena de beijo superou a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff e deu à novela das sete a maior audiência da TV do dia (31 de agosto), com 29,5 pontos de média. Sabrina Petraglia e Marcos Pitombo, intérpretes de Shirlei e Felipe, ganharam status de par protagonista de “Haja coração” e causaram um estardalhaço nas redes sociais com a hashtag Shirlipe. Se foi assim com o beijo, imagina o barulho que os fãs vão fazer na primeira noite de amor, prevista para ir ao ar no fim deste mês!
— Quando soubemos que a cena (do beijo) seria exibida nessa data histórica para o país, bateu tristeza. Pensamos que as pessoas não fossem assistir, mas o público nos surpreendeu. Foi a nossa medalha — constata o ator.
![]() |
|---|
Formada em Jornalismo, a atriz, que já trabalhou numa rádio sertaneja, foi repórter de trânsito, cobriu política e, com o primeiro salário de R$ 300, comprou uma TV, “no crediário”, para os pais, mal podia imaginar que chegaria tão longe na carreira artística:
— Entrei em “Haja coração” sem expectativa e agora fico até sem palavras... Falo com muitas “Shirleis” e são elas que abastecem o meu coração e fazem tudo ter sentido.
Assim como os fãs de Shirlipe, os atores estão ansiosos para o dia em que a Cinderela das sete perderá a virgindade. Depois de ser humilhada pela sogra, a feirante viaja com o namorado para Campos do Jordão. Insegura por conta de sua deficiência física — ela manca —, a jovem diz à mãe que nunca ficou nua diante de um homem, mas enfrenta seu medo e se entrega.
— O legal é falar sobre o tema de forma pura e sensível. Shirlei não precisa esperar o casamento, mas, ao mesmo tempo, eles querem que seja para sempre. Tenho certeza de que vai ser uma cena linda — aposta Pitombo.
![]() |
|---|
Aos 33 anos, Sabrina conta que sua primeira vez foi especial.
— Aconteceu no momento em que eu quis. Mas foi tarde, viu? Eu até perguntei: “Você me traía?”. Porque namorei mais de um ano e nada rolava. Ele era cinco anos mais velho do que eu. Foi leve e consciente — revela.
Para a artista, o corpo é um templo que precisa ser respeitado:
— A gente não tem que fazer só porque o outro quer. Eu nunca fui induzida. E a primeira vez nem foi a melhor, mas teve o seu valor.
Reservado, o galã não entra em detalhes, mas lembra de sua experiência:
— Foi com uma mulher mais velha e me despertou maturidade.
A primeira vez de Shirlei será também a de Sabrina, num set de gravação — até então, ela não fez cena de sexo. Sem vaidade, a atriz até curte não ser o modelo de corpo perfeito:
— Não tenho pudores e gosto de ser a mais cheinha das meninas, porque Mariana (Ximenes) e Chandelly (Braz) são bem magrinhas. É legal, mas chega dessa política da magreza! Se aparecer uma barriguinha, ok. O humano me convoca mais.
![]() |
|---|
Pitombo é outro que encara com naturalidade os takes mais íntimos. O problema, para ele, é técnico:
— Já fiz muitas cenas de sexo, o que incomoda mesmo é o tapa-sexo. Sou bem resolvido com meu corpo, e minha parceira vai me dar suporte para fazermos o melhor possível.
Que o casal “tem borogodó”, como diz Sabrina, é inegável. Só que, fora dos estúdios, a atriz só tem olhos para Ramón Velázquez, com quem pretende se casar no ano que vem.
— Sou de rituais. Quero celebrar o amor com uma cerimônia ecumênica, na natureza, descalça, de noiva.
Ramón mora no Chile e namorar a distância não é para os fracos.
— A saudade dói. Quando ele vai embora, eu perco a respiração, quero morrer! Mas vale muito a pena — afirma ela, apaixonada.
![]() |
|---|
| Sabrina Petraglia e o noivo Ramón Velázquez (Reprodução/ Instagram) |
Solteiro, Pitombo não se prende às tradições e segue livre, leve e solto:
— Já vivi um grande amor, mas não me cobro casamento, filhos... Ninguém é feliz sozinho, só que tudo tem o seu tempo. Talvez, se eu tivesse uma criança agora, não conseguiria me dedicar a ela. Quem sabe no futuro eu não queira adotar! Acho que a gente não deve seguir esse modelo de felicidade imposto pela sociedade.
Com traços de princesa, acredite, Sabrina já se sentiu o patinho feio:
— Nunca chamei atenção pela aparência. Minhas amigas eram altas, magras, louras e peitudas. Eu era baixinha, ganhava no carisma. Sou desengonçada, meu apelido era clown (palhaço).
Já o ator, que estudou num semi-internato só para homens, tem o seu lado encantado.
— O ponto principal é tratar a mulher com gentileza e saber respeitar as diferenças. Costumo ser racional no trabalho, mas sou um cara sentimental. Choro com comercial de margarina.
Mais do que o resgate do romantismo, a atriz representa os deficientes físicos, com suas angústias e superações.
Para dar veracidade à marcha de Shirlei, Sabrina fez laboratório no Hospital das Clínicas, participou de aulas de balé para deficientes e comprou uma bota ortopédica, com a qual foi andar pelas ruas de São Paulo. Ali, sentiu na pele o preconceito:
— As pessoas olhavam muito, eu me sentia uma ET. É difícil. Queria contar que eu não era daquele jeito, mas respirava fundo e deixava passar.
Durante as gravações, ela lembra que demorou para achar o ritmo:
— O diretor (Fred Mayrink) dizia que eu estava mancando demais. Aos poucos, com a ajuda das meninas que eu conheci na internet, encontrei o jeito. É um trabalho árduo. Fico com dor, daí uma fisioterapeuta me alonga.
![]() |
|---|
Se depender da torcida dos atores e dos fãs, Shirlei e Felipe serão felizes para sempre!
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade






