Ao longo desses quase 30 anos desde o assassinato da filha, Glória Perez sempre foi questionada se ela seria contra a ressocialização de presos ou se acreditava que as pessoas que cometeram crimes no passado possam se transformar. A autora de novelas diz que, no caso dos assassinos de Daniella Perez, que ela descreve como "psicopatas", não.
"As pessoas perguntam se sou contra a ressocialização de presos. Se eu acredito que as pessoas mudam. Claro que acredito! O primeiro passo para a mudança é o arrependimento. Isso eu já sei. Mas esses dois… Em psicopatas, eu nunca vi. Nos dois assassinos da minha filha, eu nunca vi. Trinta anos se passaram e eles continuam dando sinais de que são exatamente os mesmos", diz Glória, no último episódio do documentário "Pacto brutal — O assassinato de Daniella Perez".
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Logo após a fala da autora, é Barbara Ferrante, prima da atriz, quem dá seu depoimento no episódio, descrevendo algumas ações de Paula Thomaz desde que ganhou a liberdade, em 1999, relatando o que poderia ser uma obsessão da ex-detenta com a vítima:
"Ela saiu do presídio e o que ela foi fazer? Foi estudar Direito na mesma faculdade onde a Dani estudou e o irmão dela, Rodrigo, se formou. Depois, ela muda de faculdade e escolhe quem como professor? O promotor (Maurício Assayag) que a condenou. Ela escolheu a dedo".
Embora viva hoje no mesmo bairro da assassina da filha, Glória Perez diz que foi "poupada por Deus" de um encontro. "Eu só queria nunca mais ter que pensar nessas pessoas. Espero que eles deixem porque até agora eles não têm deixado. O que ela (Paula Thomaz) quer? Isso me assusta. Eu não sei. Eu sei do que essa mulher é capaz. Ela matou a minha filha. Quem sabe se o punhal dela não está guardado para mim, não sei", diz a autora.
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Agência O Globo
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