O professor Marcos Dantas se pronunciou a respeito do ataque cometido contra a filha do empresário Roberto Justus e da influenciadora Ana Paula Siebert. Aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele pediu desculpas pela atitude.

O caso aconteceu nas redes sociais, quando a pequena Vicky, de cinco anos, apareceu em uma foto segurando uma bolsa de grife. Marcos comentou que “só a guilhotina” e gerou reações, incluindo um pronunciamento dos pais da menina e defesa de famosos, como Jojo Todynho.
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Ao pedir desculpas, o docente se defendeu com o argumento que o uso da expressão é uma metáfora relacionada à Revolução Francesa e não tem nenhum teor verdadeiro de ameaça. "Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás volta e meia empregada por alguém no X (ex-Twitter). Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade", explicou.
“Se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post lhe chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe”, disse ele em outro trecho.

Veja o depoimento completo de Marcos
“UMA METÁFORA TORNOU-SE AMEAÇA DE CRIME
Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás volta e meia empregada por alguém no X (ex-Twitter). Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade: a Revolução Francesa. Qual a causa dessa revolução? Uma realidade de profunda desigualdade social, alimentando o radicalismo político.
Uma imagem repito, imagem, “print” chegou-me, do jeito aleatório que chega no X, acompanhada de um comentário de pessoa com a qual volta e meia troco mensagens pelo X, fazendo referência a outro fato histórico, pelos mesmos motivos igualmente violento e dramático. Eu, inspirado na famosa frase de Maria Antonieta - “se não tem pão, comam biscoitos” respondi com a dita metáfora. Entendo ser um símbolo dramático que nos alerta a todos da tragédia que se pode seguir a tanta insensibilidade social.
Sr. Justus, Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha.
Isso seria um absurdo! Aos 77 anos de idade e vida realizada, felizmente sem motivos para complexos ou ressentimentos, sei muito bem, política e eticamente, que não resolveremos nossos graves problemas sociais, que o senhor certamente não ignora, através de violência social, muito menos individual. Porém temo que se concretize o vaticínio cantado por Wilson das Neves em seu samba “No dia em que o morro descer e não for carnaval/ Ninguém [inclusive eu] vai ficar pro desfile final”... Lembrar aquelas tragédias históricas, pode servir (gostaria que servisse) para alertar a todos quanto a situações que só estimulam, nas mentes mais simplórias, explosões de raiva.
Repito: não tive, não tenho, não passou pela minha cabeça ameaçar sua família. Mas se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post lhe chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe."
Assista ao ‘De Hoje a Oito’, podcast de entretenimento do Ibahia:

Carlos Bahia
Carlos Bahia
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