Preso, Nego Di é alvo de nova denúncia de lavagem de dinheiro

Nego Di, ex-BBB e humorista, foi denunciado ao Ministério Público por fraudar uma rifa virtual cujo prêmio seria uma Porsche, carro que chega a custar R$ 500 mil. Ele é investigado por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.

Segundo o g1, o promotor do caso, Flávio Duarte, sustenta que a suposta vencedora da rifa e que teria ganho o carro, não existe. Ele indica que Nego Di cometeu o delito para obter os valores.

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"Ele fraudou a rifa para obter valores, induzir as pessoas a adquirirem os bilhetes em erro, obteve valores ilícitos em decorrência disso, não entregou o prêmio e, mais do que isso, ainda simulou a entrega ou a tentativa de entrega para uma pessoa que não existe", afirma o promotor.

A apuração do MP indica, também, que Nego Di teria transferido o veículo para terceiros. O ex-BBB teria adquirido o próprio número sorteado com o prêmio. O que chamou atenção dos investigadores foi o vídeo usado pelo ex-BBB para anunciar a suposta vencedora.

Nas imagens, o telefone indica que o número da suposta vencedora já aparecia em dez cartões de contato, o que significa o número de vezes encaminhado para outras conversas. Isso seria um indicativo de que a pessoa em questão em um personagem inventado para dar aparência à legalidade já ação.

Nego Di ainda é acusado de contravenção penal na ação que investiga a promoção de rifas virtuais ilegais. A esposa dele, Gabriela Sousa, foi denunciada por lavagem de dinheiro.

Nego Di está preso

Nego Di está preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em outra ação, ele é suspeito de envolvimento em um suposto esquema de produtos vendidos que não teriam sido entregues por uma loja virtual.

A Justiça manteve a prisão de Nego Di após a audiência de custódia, alegando risco de fuga e que o réu poderia seguir cometendo crimes. Um sócio do influenciador também foi acusado pelo MP.

O que fala a defesa de Nego Di

"A defesa de Nego Di, Dilson Alves da Silva Neto e sua companheira afirma que provará a inocência dos representados munida de provas que comprovam a licitude de seus bens, a realização de parte da doação por troca de cachê de publicidade e movimentação financeira lícita. Seus bens apreendidos foram adquiridos de forma lícita, comprovando que sua renda é compatível com seu patrimônio.

Ainda, em que pese o requerimento por parte do Ministério Público de alienação antecipada dos bens, tal decisão foi suspensa a pedido da Defesa.

Tatiana Borsa e Camila Kersch. Advogadas"

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