Helô Pinheiro não é mais aquela menina, que vem e que passa, no doce balanço, a caminho do mar. Perto de completar 71 anos, no dia 7 de julho, ela hoje vive em São Paulo, mas carrega para sempre o título de eterna Garota de Ipanema.
“Não gosto de falar muito a idade, acho que posso perder trabalho com isso. As pessoas não olham para você da mesma forma, pesa e constrange um pouco. Algumas mulheres não têm problema. Ticiane (a filha) é assim, gosta de contar com orgulho que fez 40”, diz Helô, que ainda se assusta ao se dar conta que passaram sete décadas de vida: “São tantos anos que vivi, parece que foi menos tempo. Trabalhei muito e não aproveitei tanto”.
Nessa longa trajetória, desde que virou musa de Tom Jobim e Vinícius de Moraes lá nos anos 60, Helô Pinheiro viveu seus momentos de altos e baixos. A carreira de modelo, atriz e apresentadora, ela conciliou com a criação dos quatro filhos e com o casamento ao lado do engenheiro Fernando Pinheiro, com quem subiu ao altar em 1966.
“Fui uma esposa submissa, foi uma fase muito ruim da minha vida. Ele implicava com a roupa que eu usava, não deixava fazer nada. Dava aula para crianças, mas, quando meu marido perdeu tudo, precisei ir à luta. Fui trabalhar na televisão, fazer novela e entrar para a faculdade de Jornalismo”, conta a Garota de Ipanema.
Já vivendo do seu trabalho na televisão, Helô Pinheiro encarou de frente todos os assédios que sofreu. E não foram poucos. “Fui fazer teste para um comercial, fui escolhida entre várias meninas, mas depois veio a proposta: ou você topa sair com o diretor ou perde o comercial. Não fiz e não me arrependo. Passei por tantos momentos difíceis na minha vida que poderia ter cedido, mas não faz parte de mim. Já me ofereceram casa e uma vida boa em Berverly Hills, nos Estados Unidos, mas não aceitei. Não tem dinheiro que compre nossa real felicidade”.
Em outro momento difícil da vida, com muitas dívidas e sem trabalho, Helô Pinheiro posou, aos 58 anos, ao lado da filha, Ticiane Pinheiro, na “Playboy”. O polêmico ensaio, publicado em 2003, até hoje é lembrado, principalmente pela foto de capa, em que ela aparece escondendo com a mão a genitália da filha.
“Ticiane já tinha recebido convites, mas nunca aceitou. Ela fez comigo para me ajudar. Eu precisava do dinheiro. Algumas pessoas acham vulgar, mas ela é minha filha, oras. Foi uma ideia do fotógrafo e topamos porque não vimos nada demais”, relembra Helô.
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Redação iBahia
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