O ator Paulo Gustavo se apresentava na noite desta quinta-feira (27), na Arena Fonte Nova, em Salvador, com o espetáculo 'Hiperativo', quando precisou deixar o palco por conta de problemas técnicos.
De acordo com espectadores, parte do público reclamou porque as caixas de som do setor superior da arquibancada não funcionavam. Nas redes sociais, alguns internautas relataram que Paulo chegou a ficar cerca de 15 minutos com o espetáculo parado.
"Espetáculo parado há mais de 15 min por conta do som. As pessoas do fundo não estavam ouvindo e ninguém da produção apareceu pra resolver. @paulogustavo31 que teve que dar jeito. Muito toscoooo. Produção TOSCAAAAA DEMAAAAIS. Quebrou totalmente o clima da peça. #hiperativo", escreveu uma moça no Instagram.
Em contato com o iBahia, outro espectador contou que Paulo afirmou estar do lado do público e orientou que, quem quisesse, poderia procurar a produção local e pedir o reembolso. "Começaram a gritar e vaiar. Paulo reclamou, mas a produção não fez nada. Depois ele parou uns 10 minutos e Samanta (Schmutz) entrou para cantar enquanto isso. Quando ele retornou, o problema persistia e ele parou novamente por mais 10 minutos. Um casal chegou na frente do palco e disse que achava aquilo um absurdo, mas Paulo alegou que não era culpa dele", disse o espectador, que não quis se identificar.
Procurada pelo portal, a produção do espetáculo explicou o que aconteceu. "As pessoas que estavam nas últimas filas do último setor estavam ouvindo a voz dele duas vezes. Como ele fala muito rápido, estava saindo duplicado. Quando o público reclamou, achamos melhor mudá-los de cima para baixo. A produção avisou isso para Paulo e ele falou para todos: 'Gente, eu vou parar o espetáculo, quando resolver eu volto'. Enquanto isso, Samantha entrou para cantar. Em momento algum ele falou em reembolso. Ninguém falou que queria ir embora. O espetáculo ficou parado cerca de cinco minutos", contou Fred Soares, diretor artístico e produtor de teatro, responsável por trazer o espetáculo para a capital baiana. Apesar da produção ter negado, a jornalista Raquel Lacerda procurou o iBahia e afirmou que Paulo Gustavo sugeriu, sim, que procurassem a bilheteria para pedir o reembolso. "Inclusive eu fui uma dessas pessoas. Eu peguei o dinheiro de volta, até mesmo o dinheiro do estacionamento. Quando eu sai, tinha uma filha enorme na bilheteria. Foi um absurdo o que aconteceu. Tinham senhoras e todas saindo porque não dava pra ouvir. Muitas pessoas se sujeitaram a sentar na escada pra conseguir ouvir. Quem não quis se sujeitar a isso, pediu reembolso. Se você quer trazer um espetáculo para Salvador, precisa ter estrutura. O povo baiano tem direito de ser bem tratado. O pior é ser chamado depois de baderneiro. Estou indignada", desabafou ela, revelando que vai entrar com um processo na Justiça por conta da situação.
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