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Pai de Naldo dá duro fazendo lajes e faz desabafo sobre funkeiro

Manoel Jorge da Silva, de 73 anos, não fala com o filho há mais de um ano

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20/04/2016 às 8:31 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:18 - há XX semanas
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Enquanto Naldo curte o aniversário com toda a família, quer dizer, com a mulher, os filhos e a sogra, nos EUA, na Vila Pinheiro, no Complexo da Maré, onde foi criado, o pai do cantor dá expediente num terreno ao lado da Linha Vermelha, fabricando lajes. Manoel Jorge da Silva, de 73 anos, não fala com o filho há mais de um ano. E, pelo visto, não pretende fazê-lo tão cedo. “Se pudesse, negaria mil vezes que ele é meu filho”, dispara: “Ensinei meus oito filhos a pedir a bênção. Quando telefonei para o Ronaldo e ele atendeu: ‘O que você quer, cara?!’, desliguei e não o procurei mais”.
Foto: Reprodução/Instagram
Manoel Jorge vive com aposentadoria de um salário mínimo e pelas lajes cobra R$ 27 o metro. “No fim das contas fico com 30% do valor”, explica ele, com aluguel atrasado há três meses: “Não tenho mais como pagar os R$ 800 mensais. A casa é do meu cunhado e ele me deixou ficar até as coisas melhorarem”.
Três meses depois da morte da mãe de Naldo, Ivonete, o pai se casou novamente. Mas ele garante que este não é o motivo do afastamento. “Ronaldo nunca deu nada para gente. A casa que ele prometeu à mãe, em Bonsucesso, foi comprada por R$ 600 mil três dias antes de ela morrer. Minha mulher nem entrou na casa. Alguns dias depois devolvi a chave”, afirma ele:
Foto: Reprodução/Instagram
“O máximo que Naldo fazia era levar a gente para jantar. Nunca entrei na casa dele, que tem onze banheiros. Tive uma hemorragia digestiva há alguns meses e precisei operar. Dormi três dias no corredor de um hospital público esperando vaga”.
De acordo com Manoel Jorge, a casa em que a família morou a vida inteira, na comunidade, passou por uma reforma e o teto desabou. “Era uma chuva danada, não tinha como ficar lá dentro e não tive dinheiro para consertar”, diz ele, que vendeu o imóvel por R$ 150 mil: “Comprei uma casa para uma filha, um terreno e um carro, que tive que devolver”.
Hoje ele acorda às 5h e vai de ônibus até o terreno onde faz as lajes: “Às vezes, nem como direito. Naldo foi contra eu arrumar alguém. Mas quem ia cuidar de mim, da minha roupa, da minha comida? Minha mulher é aposentada, vivo mais às custas dela do que ela de mim. Honrei meu casamento com a mãe dele durante 47 anos e 5 meses”.

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