Sucesso em “A dona do pedaço” como a protagonista Maria da Paz, Juliana Paes conta que nunca foi aquele tipo de pessoa que chega querendo abraçar o mundo. Foi construindo seu espaço aos poucos, um passo de cada vez. Confessa que teve um tiquinho de sorte também. “Mas li outro dia em algum lugar que sorte é quando a oportunidade encontra o preparo. Fui cavando chances ao longo da minha carreira à medida que me sentia pronta para elas”, comenta a atriz, de 40 anos. “Sempre entendi meu ofício e minha posição.”
A seguir, Juliana fala sobre escolhas, o diploma de Publicidade e o dia em que uma saída virou caso de polícia.
Pesquisa de opinião
“Consigo acompanhar ‘A dona do pedaço’ de um jeito muito doido. Quando chego em casa, a novela já está no ar e pego aquele final. Mas vou assistindo no carro pelo celular. Com a falta de tempo, não tenho muito o retorno das ruas. Mas nos domingos, minha folga, fico igual a ‘maluca’ do grupo de discussão querendo saber o que minha família está achando da trama nos nossos churrascos. Reúno todo mundo e quero saber a opinião da galera. Se vou à padaria, também faço essa minha pesquisa íntima.”
Escolhas
“Entrei na TV Globo querendo aprender. Sou assim até hoje. Tentava absorver o máximo que podia de cada situação, observava os mais experientes, como eles interagiam com a direção e a produção. Fui percebendo que a gente não precisa ser escolhida sempre, que também posso escolher com muita humildade. Quando notei que já tinha adquirido credibilidade e confiança dentro da casa, comecei a fazer minhas escolhas, trabalhar com o diretor que eu queria, dar um intervalo entre um trabalho e outro. Comecei a selecionar e traçar algumas estratégias para atuar.”
Diploma
“Eu me formei no ano em que interpretei a Ritinha (a empregada doméstica da novela “Laços de família”, de 2000). Peguei meu diploma de Publicidade, mas nunca atuei na área. Uso os ensinamentos no meu marketing pessoal mesmo. Ainda mais agora... Estou me valendo da minha formação universitária.”
Caso de polícia
“Certa vez, me disfarcei para circular na Rua 25 de março, em São Paulo. Na primeira gargalhada, todo mundo reconheceu e juntou gente de um jeito que eu nunca tinha visto. Começaram a derrubar as coisas no chão e a polícia apareceu. O policial veio e disse: ‘Dona Juliana, é melhor você ir embora porque já está causando muito tumulto’. E ele me ‘expulsou’. Chamou um táxi e me colocou dentro. Isso não tem tanto tempo. Tinha esse sonho de conhecer a rua.”
Lobo solitário
“Acho que eu sempre fui um pouco inocente mesmo. Sou muito Maria da Paz. Circulo de uma maneira independente na minha vida, como uma lobinha solitária. Nunca fui uma pessoa que fez parte de um grupinho, de uma patota. Minhas amizades são de fora do meio artístico. As amigas são de Niterói e dos tempos de faculdade. Minha vida pessoal é fora desse universo. Para mim, televisão é trabalho.”
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Redação iBahia
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