Depois de voar com um monomotor pelos céus do Brasil e percorrer estradas da América do Sul num motorhome, Max Fercondini agora está a bordo de um veleiro, viajando pelo Mar Mediterrâneo. Há dez meses, ele vem registrando o dia a dia nas águas por meio de um diário de bordo e uma câmera. A ideia é que a empreitada se transforme num livro e num documentário.
- É um projeto que sempre tive vontade de realizar e acabou se transformando numa viagem de autoconhecimento, pois estou sozinho nesta jornada. Trabalho desde os 14 anos e agora, com 33, enxerguei a necessidade de tirar um tempo para mim e explorar o mundo - explica.
Max fez as duas expedições anteriores acompanhado da ex-namorada, a também atriz Amanda Richter. Eles anunciaram o fim do relacionamento de nove anos em outubro de 2017. As viagens deram origem às séries "Sobre as asas" e "América do Sul sobre rodas", exibidas no "Como será?", da Globo. O ator diz que se aventurar sozinho não é um problema:
- Tento preencher o meu tempo com afazeres do cotidiano. Embora esteja morando no barco, tenho internet, então, interajo muito com seguidores, amigos e familiares, que são um porto seguro para minha sanidade mental. Mas o propósito desta viagem é justamente fazer um retiro para autoconhecimento. Já tive diversos pedidos de pessoas que gostariam de me acompanhar em alguns trechos da viagem, mas eu sempre agradeço e recuso alegando que estou dedicando este tempo a mim.
O plano inicial era navegar durante um ano e meio, mas ele pretende esticar a aventura. - Continuar navegando é o meu principal projeto. Não sei onde e nem quando vou parar, mas, ao longo desta jornada, vou lançar o meu segundo livro e um novo programa de TV - diz, sem revelar os detalhes.
Ao longo desse período no mar, Max conta que já passou por dois sustos: - O primeiro foi quando o cabo que recolhe a vela principal no mastro se rompeu. Já era noite e as ondas estavam começando a crescer junto com fortes ventos. Outra situação tensa foi quando eu navegava pela costa da Espanha e ouvi pelo rádio que uma embarcação com refugiados da África teria sido avistada exatamente na região onde eu estava. Não cheguei a encontrá-los no Mediterrâneo, mas o estado de alerta foi sério e me deixou bem preocupado.
Antes de embarcar rumo à Europa, Max ainda passou por uma transformação física e perdeu 14 quilos: - Apenas voltei a ter hábitos saudáveis. Ao final das duas séries que produzi e dirigi para a Globo, estava muito estressado, sem tempo e nem foco para cuidar da saúde e da mente. Mudar meus hábitos alimentares e voltar a praticar esportes causaram a mudança. Tenho uma raquete de tênis dentro do barco e, quando encontro alguém nas marinas que gosta de jogar, convido para uma partida amistosa.
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Redação iBahia
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