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Traumas

Juliana Alves desabafa sobre racismo na TV: 'Experiências dolorosas'

Ex-BBB que segue carreira como atriz há 20 anos revelou ter sido aconselhada a se adequar a padrões estéticos

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Redação iBahia

17/07/2023 às 11:58 - há XX semanas
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					Juliana Alves desabafa sobre racismo na TV: 'Experiências dolorosas'
Foto: Reprodução/ Globo

A atriz Juliana Alves, de 41 anos, desabafou sobre o racismo na televisão. Há 20 anos na TV, desde a aparição no Big Brother Brasil ao primeiro trabalho como atriz em 'Chocolate com Pimenta', Alves relata ter vivienciado diversas dificuldades e preconceitos para conseguir crescer na carreira.

Em entrevista à Caras, Juliana afirmou que atualmente vê um contexto mais esperançoso para a classe artística, em especial para os artistas negros.

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"Vivenciei na pele todas as dificuldades e conflitos quando se é uma atriz negra, consciente, em uma novela que entra em choque com o que a gente quer falar. Tive experiências dolorosas. Faço parte de uma geração que reivindicou bastante. Hoje, é gratificante perceber que conseguimos dar passos mais consistentes. Ainda tem muita coisa que falta, muito retrocesso. Precisamos parar com essa mania do brasileiro de dar um passo para frente e dois para trás. Precisamos seguir em frente na luta contra o racismo."

Para a publicação, Alves afirmou ter ouvido que precisaria mudar traços para estar "adequada" a certos padrões estéticos em alguns trabalhos.

"Gostaria de chegar a um trabalho e ter a tranquilidade que uma atriz branca tem. Saber que ela não vai sofrer desgaste ou constrangimento, viver o conflito de não estar fazendo algo que ela acredita, se sentindo diminuída pela sua etnia. Ao longo dos anos, tive que discutir a questão do cabelo, por exemplo. Sabia que iam querer diminuir o volume, mas fui conquistando esse diálogo. O valor de uma personagem não está em tirar os traços étnicos de mim. (...) Ouvi que para a minha personagem estar em um nível melhor, ela precisava se adequar a certos padrões estéticos. E ouvir isso é assustador e doloroso. Sabemos que não adianta maquiar e mostrar o corpo negro supostamente adequado. Temos que mostrar o corpo negro como ele é."

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