A cantora Ivete Sangalo possui motivos de sobra para celebrar as três décadas de carreira e sabendo disso, a comemoração que será feita no Maracanã, dia 20 de dezembro, virá cheia de surpresas para os fãs.
Em entrevista para a revista Vogue Brasil, da qual é capa da edição de dezembro, a cantora relembrou o início da carreira e refletiu sobre a chegada dos 30 anos nos palcos.
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"Em casa, eu tocava violão e tudo de percussão. E cantava. De uma forma muito amadora, mas consciente do que estava fazendo. Mas era muito mais por um prazer familiar. Foi inesperado me tornar uma cantora profissional", relembrou Veveta.
A cantora ganhou fama em todo o Brasil após ser convidada para os vocais da Banda Eva, onde deu voz a hits que ficaram conhecidos em todo o país.
“Imediatamente aceitei porque na minha cabeça eu teria ali a possibilidade de estar conectada com a música. Eu não tinha ideia do que era aquilo, mas fui animadíssima porque via a possibilidade de ter uma profissão, ganhar um cachê. Era pouquinho na época, mas muito digno", disse.
"Eu ainda era uma cantora verdinha, sem experiência, e me joguei. Foi dentro da Banda Eva que entendi que alguma coisa estava acontecendo diferente, fora do script. Comecei a ganhar meus primeiros fãs, a entender a dinâmica de um show e o que era uma direção musical. Eu já me relacionava com aquilo dentro de casa, e fui começando a entender as nomenclaturas do que eu vivia", completou Ivete.
Altos e baixos do sucesso
Com a fama, Ivete Sangalo experimentou também o cansaço e esteve longe da família por diversas vezes. No auge da carreira na Banda Eva ela chegou a fazer 30 shows por mês.
“Eu via a Banda Eva como uma oportunidade. Então, não me sentia apta a reclamar. Era uma cantora, tinha meu trabalho, e sucumbir não era uma opção”, contou.
Ao longo dos três décadas, a cantora colecionou hits e esteve em momentos distintos da carreira, o que ela considera o ideal já que criticou a busca pela fama a todo o tempo.
“Houve, na carreira, momentos de maresia, calmaria demais. Toda carreira tem um gráfico. Se esse gráfico não se movimenta, vira uma coisa doentia, pouco orgânica, sabe? Eu acho que, assim como a vida, a carreira de um artista tem movimentos orgânicos, momentos de maior sucesso, de menor sucesso, um momento em que você tem que se reinventar, um momento em que você está de saco cheio e não quer reinventar nada, um momento em que você ganha um gás absoluto", disse.
"O que me fez chegar aqui – além, óbvio, do meu talento, da minha potência de trabalho e de ser uma pessoa muito ativa e consciente – foi perceber o gráfico. O que mais atrapalha um artista é a ansiedade do sucesso, querer estar sempre no auge. Isso não vai acontecer. Como não vai acontecer o ostracismo. Isso é uma grande tolice porque o grande ostracismo de um artista é quando ele não se conecta mais com o que ele faz. A arte nunca cessa, nunca para, nunca te deixa na mão”, completou.
Ivete 3.0
Com ingressos quase esgotados para um show no Maracanã, que será transmitido como especial de fim de ano pela Globo, Ivete Sangalo também lançará músicas novas.
Segundo a Vogue, um EP com quatro músicas será lançado pela cantora. Veveta ainda vai rodar o país com 30 shows em 30 estádios diferentes, em comemoração as três décadas de carreira.
“Com a maturidade que tenho, com tudo o que fui aprendendo e vivendo, diria que hoje é o meu melhor momento porque estou feliz em ser cantora, estou feliz em ser artista, independentemente do que alguém possa me dizer. No show do Maracanã [em 2006], vivi uma emoção incrível. Tive outros momentos especialíssimos e fui inteira em tudo o que fiz na minha vida até hoje”, finalizou.
Redação iBahia
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