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Irmãos picados por abelha recebem alta e são levados por Conselho

O bebê de oito meses será enterrado às 10h deste sábado

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Redação iBahia

23/12/2017 às 8:02 • Atualizada em 29/08/2022 às 6:36 - há XX semanas
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O enterro de Samuel da Silva Santos, criança que morreu após ser atacada por abelhas no bairro de Sussuarana, estava previsto para acontecer às 14h desta sexta-feira (22) no Cemitério Municipal de Brotas, mas foi adiado para às 10h deste sábado (23). Os irmãos de 2, 5 e 9 anos, que estavam internados no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), receberam alta e foram conduzidos no final da tarde de ontem pelo Conselho Tutelar, que decidirá o caminho das crianças. Elas estavam desacompanhadas.
Procurada, a família não respondeu ao CORREIO. Em contato por telefone, uma vizinha dos meninos, que preferiu não ser identificada, disse que o caso aconteceu na Avenida Ulisses Guimarães, a principal do bairro. A reportagem foi até os bairros de Sussuarana Velha e Nova mas os moradores não sabiam o endereço exato e sequer conheciam os responsáveis pelas crianças.
O delegado Nilton Borba, titular da 5ª Delegacia (Periperi), informou que o caso está sendo tratado como acidente, mas a 11ª Delegacia irá investigar. Em ocorrência registrada na 5º DT, os pais da criança, Edevaldo e Valdelice da Silva Santos, relataram que o bebê foi atacado por enxame de abelha e socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do HGRS. Depois o bebê foi para o Hospital do Subúrbio, onde morreu.
Ataque de abelhas
De acordo com Jeferson Gabriel Coutinho, membro do laboratório de biologia e ecologia de abelhas da Ufba, tudo indica que a espécie responsável pelo ataque foi a Apis Mellifera, conhecida popularmente como abelha africanizada. “Elas constroem colmeias muito próximas de habitações humanas, o que aumenta o risco de contato conosco”, explica.
Segundo ele, as abelhas atacam, na maior parte das vezes, quando se sentem ameaçadas. “Quando a bola que as crianças brincavam caiu em cima da colmeia, as abelhas ‘interpretam’ o abalo como um ataque à colmeia e tentam proteger a rainha. Esse comportamento de defesa implica em ferroar qualquer ser vivo que esteja passando perto da colmeia nesse momento”, complementou Coutinho.
Em casos como esse, o ideal é buscar a unidade de saúde mais próxima. De acordo com o biólogo, o tratamento geralmente é feito com anti-histamínico (medicamento receitado em tratamentos contra alergias). Quem tem colmeia perto de casa não deve tentar matar as abelhas. O ideal é contratar um apicultor e chamar o Corpo de Bombeiros (193) em caso de ataque.
Entenda o caso
Um bebê de cerca de oito meses e os irmãos dele, de 2, 5 e 9 anos, ficaram feridos após um ataque de abelhas no bairro de Sussuarana. O caso aconteceu na quarta-feira (20) na casa da avó das crianças. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) informou que o bebê morreu no Hospital do Subúrbio, para onde foi transferido.
De acordo com informações da TV Bahia, o mais velho dos irmãos contou que o grupo brincava quando uma bola atingiu uma colmeia. “A gente tava brincando de bola. A bola caiu em cima da abelha. Quando a gente foi pegar ela, a abelha atacou. A gente saiu correndo”, descreveu o menino.
A vizinha confirmou o relato do garoto e disse que o menor tem aproximadamente oito meses. Ele estava brincando no chão e recebeu a maioria das picadas porque não pode correr, já que é muito pequeno. No momento do ataque, um tio teria tentado socorrê-los, mas acabou sendo picado também pelas abelhas. Elas só foram afugentadas depois que um vizinho jogou água.

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