Gusttavo Lima considera um "assassinato de reputação" o que está acontecendo com ele, após ser indiciado pela investigação da "Operação Integration". O cantor é suspeito de envolvimento em lavagem de dinheiro. Em uma live no Instagram feita nesta segunda-feira (30), o cantor voltou a se defender, afirmando que já foi vítima de diversas "mentiras" ao longo da carreira.
"Desde moleque, estou trabalhando sem parar. Comecei a trabalhar com 10 anos, não me arrependo, porque acho que o trabalho dignifica o ser humano. Desde que comecei a trabalhar, em 2008, meus fãs sabem de onde vim. Depois de tudo isso que começou a surgir, fui surpreendido por tantas mentiras, suposições, fake news.... Fiquei: rapaz, não é possível que fiz alguma coisa errada", iniciou ele.
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Em outro momento, o cantor afirmou que apesar do indiciamento, estar "tranquilo" com a situação. Gusttavo Lima contou que questionou a equipe financeira sobre irregularidades nas contas, mas os funcionários negaram qualquer tipo de problema.
Gusttavo Lima é investigado após venda de avião
Outro ponto que o cantor comentou foi a venda de um avião, que segundo as investigações, levantam suspeitas de que o ele participou de uma negociação irregular com empresários ligados a jogos ilegais.
Entre os anos de 2023 e 2024, um avião da Balada Eventos foi vendido duas vezes para investigados na operação, pelos preços de US$ 6 milhões e R$ 33 milhões, respectivamente.
Segundo dados do Fantástico, em matéria especial exibida no domingo (29), a denúncia afirma que o Embaixador teria realizado transações financeiras suspeitas. Em conversas com os fãs, ele negou e deu a própria versão:
"Comprar avião não é igual comprar um carro. Você dá um sinal para levar para a pré-compra, que dura de 15 a 20 dias no máximo. Passou? Conclui. Faz um depósito. Naquela compra, teve um probleminha no motor do avião. Como o cliente não podia esperar 20 dias com o avião parado, o advogado devolveu o dinheiro e fez um destrato", disse Gusttavo.
"Mandei consertar, ficou 5 meses na manutenção nos Estados Unidos, voltou, e foi vendido. Eu uso para fazer shows e, de tempos em tempos, você troca de avião. Uso muito para trabalhar - o problema foi ter vendido para uma empresa que estava sendo investigada, e a gente não sabia", continuou. Ele questionou se teria algum erro ou ato ilegal na venda dos aviões, o advogado afirmou: "Os documentos estão todos na Justiça, com certeza".
Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro
Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo informações da Polícia Civil de Pernambuco, o indiciamento aconteceu em 15 de setembro. Agora, cabe ao Ministério Público a decisão de denunciar à Justiça ou não o cantor.
A defesa do cantor nega as irregularidades. O sertanejo está sendo investigado pela operação Integration, que tem ao todo 53 alvos em seis estados brasileiros. Entre eles, estão bicheiros, empresário e a influenciadora digital Deolane Bezerra.
A polícia chegou até o cantor após a apreensão de R$ 150 mil na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows de Gusttavo Lima em Goiânia (GO). No local, também foi encontrado 18 notas fiscais sequenciais, emitidas no mesmo dia e em valores fracionados por outra empresa do cantor, a GSA Empreendimentos, para a PIX365 Soluções (Vai de Bet), também investigada no esquema.
São mais de R$ 8 milhões pelo uso de imagem e voz do cantor. O dinheiro vivo apreendido e as notas fiscais são, segundo a polícia, dois indícios de lavagem de dinheiro.
O advogado criminalista Rodrigo Andrade Martini explica o que é esse crime. “A lavagem de dinheiro ocorre quando a pessoa, a partir de um crime, ela recebe dinheiro, bens, valores ilícitos. Essa pessoa necessariamente precisa inserir na sua contabilidade”, afirma.
O processo serve para dar aparência legal a dinheiro criminoso. Martini disse ainda, em entrevista ao Fantástico, que precisa ficar claro se Gusttavo Lima sabia ou não do uso do dinheiro em todas as transações investigadas e a origem dos valores.
“A pessoa que não tem conhecimento da estrutura de lavagem de dinheiro, ela não pode ser punida pelo crime”, diz Martini. “Tendo conhecimento, eles devem, sim, ser investigados e punidos com rigor da lei.”
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Nathália Amorim
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